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Domingo, 30 de junho de 2024

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Catadoras de mangaba de Sergipe têm apoio da PGPM-Bio e do PAA

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) quer ajudar as mulheres sergipanas catadoras de mangaba a aumentar sua renda familiar. Para isso, técnicos da empresa vão promover, dias 26 e 27 próximos, no Sesc de Aracaju/SE, oficinas para treinamento e formação de lideranças do Movimento das Catadoras de Mangaba (MCM).


Com ações da Política de Garantia de Preços Mínimos para a Sociobiodiversidade (PGPM-Bio) e do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), da agricultura familiar, elas terão, primeiro, a garantia de que se o preço da mangaba estiver abaixo do mínimo estabelecido pelo governo, receberão um bônus como compensação, desde que comprovem a venda. Em seguida, o PAA pode estimular a comercialização do produto, ao oferecer aos interessados os mecanismos de Compra Direta, Compra Direta com Doação Simultânea ou Formação de Estoques para doar a populações de carência alimentar e nutricional.

A orientação oferecida pelos técnicos vai facilitar a participação dos trabalhadores rurais no plantio, colheita e comercialização de produtos regionais e da agricultura familiar. Em Sergipe serão treinadas 30 catadoras dos municípios de Indiaroba, Estância, Itaporanga d'Ajuda, Barra dos Coqueiros, Pirambu, Japaratuba e Japoatã que, como líderes, aprenderão a acessar os programas, a aplicar questionários e lidar com questões financeiras, entre outras.

As ações do PAA e da PGPM-Bio são realizadas em parcerias interministeriais e, partir deste mês, estão sendo fortalecidas pelo acordo assinado recentemente entre Conab e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O objetivo é selecionar projetos que fortaleçam cooperativas e associações de agricultores familiares, por meio de investimentos em estruturação, beneficiamento, processamento, armazenamento e comercialização da produção de alimentos.

Catadoras de Mangaba - O Movimento das Catadoras de Mangaba foi criado em 2007 com o objetivo de organizar a luta pela preservação das áreas nativas de mangabeiras, a garantia de acesso às plantas, além do incentivo ao plantio da fruta em pequenas áreas, como forma de garantir a continuidade extrativa.

Segundo a analista de produtos da Conab, Martha Helena Gama de Macedo, as extrativistas, em sua maioria, são mulheres de baixo grau de escolaridade que vivem em áreas de restinga e tabuleiros do litoral do Nordeste brasileiro. Só em Sergipe vivem cerca de 5 mil famílias que fazem a coleta da mangaba como atividade econômica.
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