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Quinta-feira, 04 de julho de 2024

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abate clandestino

Um terço da carne consumida no país não passa por inspeção sanitária

”Além do abate oficial irregular, há ainda o clandestino. No ano passado houve o registro de 34 milhões de couros nos curtumes, portanto 5 milhões a mais do que o abate oficial”, consta do documento.

Foto: Reprodução

Falta de fiscalização em abatedouros coloca em risco a saúde humana

Falta de fiscalização em abatedouros coloca em risco a saúde humana

Cerca de 10,6 milhões de cabeças de gado que são abatidas e que chegam à mesa dos brasileiros não passam por nenhum tipo de inspeção sanitária, seja estadual ou municipal.


Os dados fazem parte do levantamento “Radiografia da Carne no Brasil” elaborado pel ong Amigos da Terra e debatido durante audiência pública da Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor, Fiscalização e Controle do Senado nesta semana, em Brasília.

O debate foi proposto pelo senador Blairo Maggi (PR-MT) após denúncias veiculadas pelo programa Fantástico, da TV Globo, no dia 10 de março, sobre a falta de higiene e crueldade no abate do gado nos abatedouros.

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De acordo com o levantamento feito pela ong, que também exibiu um vídeo para denunciar a crueldade contra os animais, o número de abates sem inspeção equivale a um terço de todo o rebanho bovino, estimado pelo IBGE em aproximadamente 29 milhões de cabeças, segundo censo de 2011.

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A Amigos da Terra aponta que, das 29 milhões de cabeças, aproximadamente 16% (4 milhões) resultam em produtos a serem exportados e os 25 milhões restantes são destinados ao consumo doméstico. E do total de animais que passam por inspeção estadual e municipal, apoximadamente 80% carecem de fiscalização.

”Além do abate oficial irregular, há ainda o clandestino. No ano passado houve o registro de 34 milhões de couros nos curtumes, portanto 5 milhões a mais do que o abate oficial”, consta do documento.

Segundo a ong, quando o abate acontece com inspeção municipal ou estadual, as regras contidas no Regulamento de Inspeção Indústrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal (Riispoa) são deixadas de lado por pressão dos pecuaristas locais.

Um dos problemas mais graves decorrentes da falta de fiscalização e apontados pelo estudo é a proliferação de doenças nos consumidores, entre elas teníase, cisticercose, fasciolose, brucelose, toxoplasmose, tuberculose, hidatidosa, butolismo, listeriose e salmonelose.
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