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Quinta-feira, 04 de julho de 2024

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Referência

Plantio direto é diferencial para a preservação do solo

Referência na utilização do plantio direto no cerrado brasileiro, o agropecuarista Ricardo de Castro Merola, proprietário da Fazenda Santa Fé, em Santa Helena de Goiás (GO), falou sobre a sua experiência para os participantes do Seminário sobre o Dia de Conservação do Solo.


O evento, promovido pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) em comemoração ao Dia Nacional da Conservação do Solo, ocorre nesta terça-feira, 16 de abril, na sede da CNA, em Brasília.

Merola, que introduziu a técnica em 40 hectares da sua propriedade, em 1982, e hoje conta com três mil hectares com plantio direto, falou sobre os benefícios proporcionados pela prática ao longo dos anos. Durante a palestra “Plantio direto na visão do produtor rural”, ele contou como utiliza o sistema na rotação de quatro culturas (milho, soja, sorgo e girassol) e na integração lavoura-pecuária com o plantio de braquiária e de milho. Inovador, o consórcio desenvolvido pelo agropecuarista foi reconhecido como “Sistema Santa Fé” pela Embrapa.

Segundo ele, a adoção do plantio direto traz vantagens aos produtores que também beneficiam toda a sociedade, como redução das perdas de solo; melhoria da microbiologia do solo; preservação dos recursos hídricos; redução do uso de óleo diesel por hectare plantado e, consequentemente, menor emissão de gases de efeito estufa; menor demanda por máquinas agrícolas; melhor uso dos recursos naturais e ganho de produtividade com sustentabilidade. “O plantio direto é ímpar, eficiente e sustentável. Todas as outras técnicas são complementares. É muito importante ter a palhada no solo, pois quando chove não ocorre a erosão, além de evitar problemas de compactação”, destaca.

Para Merola, os maiores desafios do plantio direto são rotação de culturas e a preservação da palhada, manejo de pragas e doenças, tolerância e resistência de plantas daninhas, aumentar a consciência sobre a importância da técnica e a sua expansão por meio da integração lavoura-pecuária. Em 40 anos, informa ele, o plantio direto passou a representar cerca de 75% da área total semeada com grãos no Brasil. “Com um aumento de 45% na área, conseguimos 380% de crescimento na produção junto com outras tecnologias”, ressalta.

Ainda pela manhã, o pesquisador José Mário Lobo Ferreira, da Empresa Brasileira Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), apresentou o “Sistema de avaliação do desempenho ambiental e socioeconômico na propriedade rural”. O programa foi desenvolvido no estado com o objetivo de criar Indicadores de Sustentabilidade em Agrossistemas (ISA) para a elaboração de políticas e projetos integrados.
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