Cerca de duzentos xavantes da aldeia Mutum, de Nova Nazaré (950 km de Cuiabá), mantiveram por mais de seis horas fechada a rodovia BR 158, em Nova Xavantina, causando um engarrafamento de mais de seis quilômetros. O impasse somente terminou por volta das 13h15 quando o juiz Marco Canavarro compareceu no protesto e negociou junto aos índios a liberação da pista.

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Os índios pediam a soltura do indígena Aurélio Xavante, 31 anos, preso sexta-feira (21) pela Polícia Federal (PF) sob a suspeita de dirigir embriagado e num carro com chassi adulterado. Aurélio é neto do cacique Alexandre e filho do cacique Mauro. Os indígenas fecharam a rodovia por volta das 7 horas da manhã e pediam a presença de autoridades para negociar a soltura do índio e conseqüentemente a liberação da pista.

Com a interdição da rodovia logo se formou imenso congestionamento de carros e caminhões dos dois lados da pista. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) contou com apoio da Policia Militar na segurança do local onde havia risco de conflito entre índios e motoristas. A situação somente voltou ao normal com a presença do juiz Canavarro. O magistrado se reuniu com as lideranças indígenas, vereadores de Nova Nazaré e inspetor da PRF, Eloi, onde os índios apresentaram mais documentos sobre o veículo e pediu a libertação de Aurélio fato que foi aceito pelo magistrado ao final.

Mediante a promessa de soltura de Aurélio, os índios liberaram a pista por volta das 13 horas. Na segunda-feira, eles cercaram o fórum de Nova Xavantina que não teve expediente naquela ocasião Canavarro manteve a prisão de Aurélio mesmo com a pressão dos índios. O xavante teve a prisão decretada por um juiz de Barra do Garças, Jurandir Castilho, que estava de plantão no final de semana.

O inspetor Eloi entende que a medida tomada pelo juiz foi a mais acertada, pois evitou mais transtornos na rodovia onde já estavam irritados com a situação os motoristas que não tinha a ver com a situação.

O bloqueio ocorreu no km 624 enfrenta a fazenda tropical.