A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) cobra explicações do governo federal e de organizações não governamentais sobre o apoio dado aos mais de mil índios e simpatizantes que participaram na semana passada da Mobilização aos Povos Indígenas, em Brasília.

Os integrantes da FPA querem saber quem financiou o movimento e quais são os reais interesses da iniciativa, que acabou por adiar a tramitação da PEC 215, aquela que transfere do Executivo para o Legislativo a prerrogativa de homologar terras demarcadas pela FUNAI.

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“Quem os trouxe à Capital Federal para protestos? Foram as ongs, foi o Executivo? De onde saiu a dinheirama para custear tantas despesas? Quanto teria custado esse passeio?”, questiona o presidente da Frente, deputado Luis Carlos Heinze ao afirmar que existem interesses multinacionais para prejudicar a agricultura brasileira.

Etnias de todo o país estiveram em Brasília. Houve comboios por terra e pelo ar. Uma grande estrutura com lonas, refeitório e banheiros químicos foi montada na Esplanada dos Ministérios. O grupo ficou acampado até o último sábado, dia em que se comemorou os 25 anos da Constituição de 1988 que trouxe garantia de direitos aos povos nativos do país.

Os indígenas pressionaram tanto o Executivo como o Legislativo contra a PEC 215 e o projeto de lei complementar (PLP 227), de Homero Pereira, que define os bens de relevante interesse público da União para fins de demarcação de terras indígenas. O texto regulamenta dispositivo constitucional (Artigo 231) que trata do assunto.