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Terça-feira, 23 de julho de 2024

Notícias | Política

Acordo deve Levar nova lei agrícola à votação na Câmara dos EUA amanhã

O Congresso dos Estados Unidos ficou mais perto de concluir um esforço de dois anos para aprovar uma nova lei agrícola (Farm Bill). Na segunda-feira, legisladores que participam das discussões anunciaram um acordo bipartidário sobre a política agrícola para os próximos cinco anos. A nova proposta deve ser apreciada no plenário da Câmara dos Representantes na quarta-feira.


Após meses de negociações, quatro legisladores mais atuantes nas comissões de Agricultura da Câmara e do Senado disseram ter alcançado um acordo que reduz em cerca de US$ 23 bilhões o déficit do orçamento federal e substitui um programa politicamente impopular de pagamentos diretos do governo a agricultores por uma rede de segurança sustentada na ampliação do seguro agrícola.

O projeto propõe reduzir o financiamento para vale-alimentação em aproximadamente US$ 8 bilhões em 10 anos, de acordo com estimativas preliminares do não-partidário Escritório de Orçamento do Congresso, que ainda não divulgou uma análise do acordo final.

'Estamos entregando uma política sólida que é boa para agricultores, pecuaristas, consumidores e aqueles que enfrentam tempos difíceis', disse o presidente da Comissão de Agricultura da Câmara dos Representantes, Frank Lucas (Republicanos, Oklahoma).

A expectativa é de que o projeto seja aprovado por uma pequena margem na Câmara na quarta-feira, apontaram parlamentares e assessores de ambos os partidos, apesar de uma proposta anterior ter fracassado inesperadamente na Casa no ano passado. Os dois principais líderes republicanos rapidamente apoiaram o acordo anunciado na segunda-feira, com o presidente da Câmara, John Boehner (Republicanos, Ohio), dizendo que pretendia votar a favor do projeto, depois de ter votado contra as duas últimas leis agrícolas. 'Embora eu esperasse que muitas dessas reformas poderiam ir mais longe, o status quo é simplesmente inaceitável', afirmou Boehner, que entrou nas negociações por causa do programa de laticínios no início deste mês.

Alguns republicanos conservadores devem se opor aos cortes menores do que o esperado em programas de nutrição, enquanto alguns democratas afirmaram que o programa não deveria sofrer mais reduções. Os beneficiários já tiveram um corte no valor recebido no ano passado, quando o aumento previsto na Lei de Recuperação de 2009 expirou. 'Minha linha divisória sempre foi: não vou votar em um projeto de lei agrícola que torna a fome pior na América', disse o deputado Jim McGovern (Democratas, Massachusetts), acrescentando que votaria contra a proposta.

Para ganhar o apoio de alguns republicanos, o projeto prevê o fornecimento de US$ 200 milhões em financiamento para 10 Estados a fim de iniciar programas piloto de treinamentos profissionais. O acordo também inclui também US$ 205 milhões em aumento da ajuda para bancos de alimentos.

A proposta não prevê mudanças nas novas regras de rotulagem federais que exigem mais informações sobre as origens da carne bovina, suína e outras carnes. Alguns membros da indústria argumentavam que as exigências representam um custo pesado.

Democratas, incluindo o líder da maioria no Senado, Harry Reid (Democratas, Nevada) elogiaram os legisladores por chegar a um acordo. A última vez que o Congresso aprovou uma nova lei agrícola foi em 2008. Essa legislação expirou no ano passado.

O Senado deve discutir a proposta depois de ela ser aprovada na Câmara. Fonte: Dow Jones Newswires.
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