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Domingo, 21 de julho de 2024

Notícias | Política

Dívida pública federal cresce 1,8% em maio e fecha mês em R$ 2,496 trilhões

A dívida pública federal voltou a crescer em maio e fechou o mês em R$ 2,496 trilhões. Segundo relatório divulgado pelo Tesouro Nacional nesta terça-feira, a alta no estoque foi de R$ 44,76 bilhões ou 1,83%.


O endividamento cresceu principalmente devido a uma emissão líquida de títulos públicos no valor de R$ 13,10 bilhões. Os juros que corrigem o estoque, por sua vez, somaram R$ 31,65 bilhões e também contribuíram para o aumento.

As emissões de papéis totalizaram R$ 86,09 bilhões em maio. Já os resgates foram de R$ 72,98 bilhões no mesmo período. De acordo com o Plano Anual de Financiamento (PAF) elaborado pelo Tesouro, a dívida pública deve terminar o ano num intervalo entre R$ 2,45 trilhões e R$ 2,6 trilhões.

Segundo o relatório do Tesouro, a participação dos investidores estrangeiros na dívida voltou a subir em maio. Eles têm agora nas mãos R$ 493,46 bilhões em títulos públicos, o que representa 20,80% do total. Em abril, essa participação era de 20,49%. Mas as instituições financeiras continuam sendo as principais detentoras de papéis do governo, com 26,84% do total.

Os papéis prefixados, que são mais vantajosos para o governo, aumentaram sua fatia no estoque de 39,69% em abril para 41,92% em maio. A meta do governo para o ano é que esse patamar fique entre 40% e 44%.

Também houve elevação da participação dos títulos corrigidos pela Selic, de 20,09% para 20,21%. Para o término deste ano, a meta do governo é que fiquem entre 17% e 22%.

Já os indexados a índices de preços diminuíram sua fatia de 35,41% para 32,85%. Para o fim do ano a meta é que fiquem entre 33% e 37%.

O avanço da dívida em títulos federais este ano ocorre no momento em que há aperto da política monetária, com o Banco Central endurecendo o discurso e argumentando, conforme ata do Comitê de Política Monetária (Copom) divulgada no início deste mês, a necessidade de "determinação e perseverença" no combate à inflação.

O posicionamento mais forte levou parte dos economistas do mercado a considerar que a política de juros altos pode ser mais intensa do que o esperado.


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