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Sábado, 20 de julho de 2024

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Tensão do campo chegou às cidades, avalia presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária

Foto: Reprodução

Para Heinze, protesto atingem a todos os setores, do público ao privado

Para Heinze, protesto atingem a todos os setores, do público ao privado

Os conflitos fundiários têm mobilizado entidades ligadas aos produtores rurais diante da política indigenista do governo federal, que intensificou nos últimos anos os processos demarcatórios para criação de reservas indígenas e territórios quilombolas no país.


Mas o que estava restrito ao campo chegou ao meio urbano, onde uma onda de protestos contra a corrupção tem levado milhões de pessoas a exigir um país melhor, com reais investimentos em saúde, educação, transporte de qualidade entre outros pontos.

Na avaliação do deputado federal Luis Carlos Heinze (PP-RS), que substitui Homero Pereira (PSD-MT) na presidência da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), o Brasil vive um momento de efervescência política no qual os jovens se cansaram de falsas promessas que não saem do papel.

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De acordo com o deputado, um dos principais motivos das manifestações são os anúncios feitos por governos municipais, estaduais e federais de investimentos que estão sendo feitos “como se o Brasil estivesse num mar de rosas”, principalmente no que refere aos preparativos para a Copa do Mundo.

Na visão do parlamentar, os protestos atingem todos os setores da sociedade que de alguma forma poderiam contribuir para a melhoria do país. Segundo ele, a “operação da catraca” e o movimento passe livre são apenas um item da extensa pauta de reivindicações.

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“A questão do preço da passagem não é o fator principal que está levando milhares de pessoas às ruas. Não tem ninguém conduzindo o movimento. Aqui não tem governador, não tem presidente. Não tem partido nem sindicato. Tem gente espontaneamente protestando contra a situação do país. Nestes protestos entram governos estaduais e municipais e até o governo federal. Entra poder legislativo e judiciário e entra o próprio empresário. Neste momento o povo está indo às ruas cobrando “N” situações. A tensão saiu do campo e chegou às cidades”, analisa.

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Na opinião de Luis Carlos Heinze, o combate à corrupção é o principal combustível que leva os jovens a protestar, alguns até de forma mais violenta. O deputado cita como exemplo o fato de que nenhum dos réus condenados no julgamento do mensalão (Ação penal 470) foi para a cadeia.

“Há quantos anos nós votamos para cassar os mensaleiros? Ninguém vê um fato concreto. Foram condenados em primeira instância pelo Supremo Tribunal Federal, mas até agora ninguém foi para a cadeia. Seja pelo executivo, seja pelo legislativo ou pelos próprios empresários. Muitos têm uma condenação, mas não há uma solução para o problema. Acho que o próprio judiciário e o ministério público estão neste processo. Os protestos pegam a todos. Os jovens mostram é que precisamos de uma solução. Várias são as demandas”, comenta.

No entendimento do líder ruralista, no que se refere às reivindicações do setor rural, a principal delas é a suspensão dos processos demarcatórios e a análise dos laudos antropológicos.

“Há dezenas de laudos fraudulentos que embasaram processos, que expropriaram propriedades ao longo dos últimos anos. Isto já fez milhares de vítimas em todo o Brasil”, afirma Heinze ao lembrar que milhares de produtores bloquearam rodovias no dia 14 de junho em todo o país para protestar contra as demarcações patrocinadas pelo governo federal.
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