O Simpósio do Movimento Pró-logística, realizado nesta segunda (1) no recém-inaugurado Sindicato Rural de Lucas do Rio Verde, deu largada ao Estradeiro Aprosoja da BR-163, que saiu de Cuiabá e segue até Santarém, no Pará. Diversas autoridades políticas e produtores rurais participaram, juntamente com diretor geral do Departamento Nacional de Infraestrutura e Transporte (DNIT), general Jorge Ernesto Fraxe. Durante o evento foram apresentadas as linhas de trabalho do Movimento e as necessidades de investimentos na logística do estado.
O presidente da Famato, Rui Prado, lembrou que os gargalos logísticos não prejudicam somente o escoamento da produção do estado, mas todos sofrem com a falta de estradas. “Quantas vidas já perdemos nesta rodovia por falta de acostamento e excesso de tráfego? É uma dor sem nome e um preço incalculável que somos obrigados a pagar”, afirmou.
Metade da produção de soja do estado é produzida na extensão Centro-Norte da rodovia BR-163. A rodovia é a alternativa que Mato Grosso tem de ligação aos portos do Arco Norte. De acordo com levantamentos da Aprosoja, a conclusão da pavimentação vai possibilitar redução nos preços do frete de 35% a 40%.
O presidente da Aprosoja, Carlos Fávaro, destacou a força de mobilização que o Estradeiro possui. “Juntos temos o poder de nos reunir e mobilizar para melhorias que esperamos há três décadas nesta rodovia. Apresentamos aquilo que é necessário para garantir a competitividade necessária para os nossos produtores”, explicou.
O diretor geral do DNIT, general Fraxe, foi incisivo em sua fala aos produtores. De acordo com ele, a participação no Estradeiro visa fiscalizar o andamento das obras. “Quero ver de perto como está o andamento de tudo. Se estiver tudo bem vou aplaudir as obras, mas se necessário vou cobrar e punir aqueles que não estão fazendo direito”, alertou.
Ainda de acordo com Fraxe, não dá para pensar o país sem conceber a BR-163, que corta a grande fronteira agrícola do Brasil, por isso a mobilização do Estradeiro é essencial para a conclusão das obras. “A classe produtora é patrimônio do país, a organização dessa classe busca dar competitividade ao seu produto e o resultado disso é a geração de riqueza que possibilita distribuir melhor a renda no Brasil”, declarou.
O deputado federal Wellington Fagundes também integra a comitiva do Estradeiro. De acordo o parlamentar, a logística é o maior problema do produtor de Mato Grosso. “Temos a esperança na conclusão da tão sonhada BR-163. Estamos no centro do Brasil e da América do Sul, temos capacidade para produzir, mas as distâncias são grandes,” lembrou.
Programação – A comitiva do Estradeiro segue nesta terça, (2) para Matupá. Na cada cidade novos produtores juntam-se à caravana da comitiva que deve chegar à Santarém na quinta (4).
