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Sábado, 20 de julho de 2024

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Inteligência territorial pode contribuir para convivência com a seca

A geração uma estratégia de desenvolvimento para o Nordeste, em especial para o Semiárido. Este é o desafio das autoridades brasileiras para superar os problemas recorrentes enfrentados pela região, sobretudo a seca. A avaliação é do presidente da Embrapa, Maurício Lopes, que, nesta quarta-feira (10/07), participou de reunião promovida pela bancada do Nordeste na Câmara dos Deputados, em Brasília.


Segundo ele, o Semiárido brasileiro possui características únicas, que o diferenciam de outros locais similares do mundo. Por isso, defendeu que a necessidade de um olhar mais cuidadoso sobre essa região, no qual a tecnologia é apenas um dos aspectos a serem levados em conta.

O encontro contou com a presença de 24 deputados. O convite à Embrapa foi feito após o lançamento do Plano Safra Semiárido e serviu para que o presidente apresentasse o conceito de inteligência territorial. “Trata-se de entender melhor o território. Os solos, o clima, o relevo e a oferta ambiental, do ponto de vista da biodiversidade que existe na região”, disse.

Para ele, é necessário integrar o conhecimento que o Brasil gerou sobre o Nordeste para subsidiar polí­ticas públicas, crédito e assistência técnica. Maurício Lopes citou como exemplos as informações do zoneamento agroecológico da região e do mapeamento do regime de chuvas, realizado pelo Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe). “As instituições de pesquisa brasileiras sabem muito sobre o Nordeste e o Semiárido. É preciso saber extrair informação e conhecimento das bases poderosas de informações que o País tem para fazer um planejamento dessa região de maneira mais inteligente e consequente.”

Segundo o presidente da Embrapa, essa visão de gestão territorial deve orientar a produção de uma maneira mais precisa para minimizar o impacto de catástrofes como a seca que ocorre este ano. “É extremamente importante promover o zoneamento da região e definir as atividades que fazem sentido, em função da oferta ambiental desses lugares”, salientou.

O coordenador da bancada do Nordeste, Nelson Pelegrino (PT-BA), ressaltou a dificuldade das cadeias produtivas e o desafio para transferir a tecnologia que já foi desenvolvida. “Como coordenar isso?”

De acordo com Maurício Lopes, do ponto de vista tecnológico, é necessário modelar sistemas amplos, que garantam a sustentabilidade aos agricultores, nesse sentido, a criação da Anater (Agência Nacional e Extensão Rural). “A Anater vai nos beneficiar porque nos não temos pernas para resolver as demandas de assistência técnica”. Além disso, ele defendeu o trabalho com cadeias de valor, integrando ações de mercado e políticas públicas para promover o desenvolvimento de setores de interesse.
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