No sábado (13) foi lançado oficialmente pelo secretário de Política Agrícola, Neri Geller, em Sorriso, os leilões de Pepro (Prêmio Equalizador pago ao Produtor Rural) para milho em Mato Grosso. A reunião teve a presença de produtores de toda a região Norte do estado e possibilitou sugestões para possíveis alterações no edital lançado pelo Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa) na última terça (09).
O presidente da Aprosoja, Carlos Fávaro, agradeceu o empenho do secretário Neri Geller para a realização dos leilões, que é uma demanda da classe produtora. “É importante termos uma pessoa que realmente entende do nosso setor em uma pasta tão importante, pois consegue trabalhar para a melhoria do agronegócio no país”, disse.
Geller trouxe até o estado os técnicos que puderam explicar aos produtores rurais como serão realizados os leilões. Ele salientou a importância de se fazer as discussões antes do primeiro leilão, para facilitar ao máximo o mecanismo e dar transparência ao processo. “Queremos aperfeiçoar o mecanismo para que o produtor tenha o direito constitucional do preço mínimo atendido”, afirmou.
“Entendemos que esse edital está bem mais próximo da realidade do produtor, mas este espaço é justamente para que todas as dúvidas sejam tiradas e caso haja necessidade de mudanças, o faremos”, disse o representante da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Charles Abreu.
O secretário de Política Agrícola disse também que, caso haja necessidade de outros leilões, a classe será atendida. “Se precisar de mais leilões, estamos preparados e não precisamos mais de portaria. Agora está com o Ministério da Agricultura”, ressaltou. Charles Abreu disse que esse momento é muito importante para Mato Grosso e evidenciou a importância de se ter alguém no governo que conhece as prioridades do setor agrícola no Estado.
Uma das diferenças e melhorias no edital deste ano é que o produtor pode fazer a desobrigação do Pepro. “Caso ele não consiga vender até o dia 16 de agosto ele pode fazer a desobrigação. O produtor não é mais multado por isso. As mudanças são para reduzir o prejuízo para o produtor e eliminar possíveis pressões por parte do comprador”, explicou Charles Abreu.
Para o produtor de Nova Ubiratã, Valcir Antonio Belusso, a venda tinha que ser limitada por CPF para evitar a queda do valor do prêmio. “Com os baixos preços do milho, todo mundo vai entrar, aí o prêmio vai cair. Tinha que limitar por CPF”, finalizou ele.
Estavam presentes no lançamento o presidente da Aprosoja, Carlos Fávaro, o secretário de Política Agrícola, Neri Geller, técnicos da Conab e do Ministério da Agricultura, o gerente de mercado do Banco do Brasil, Brasiliano Brasil Broges, e o presidente do Sindicato Rural de Sorriso, Laercio Lenz.