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Domingo, 21 de julho de 2024

Notícias | Política

Governo adia anúncio das medidas de apoio à cafeicultura para quarta, dia 7

Os produtores rurais aguardaram por uma hora e meia nesta segunda, dia 5, no auditório do Ministério da Agricultura, o anúncio de medidas de apoio à cafeicultura e ficaram frustrados quando o ministro Antônio Andrade pediu para que aguardassem até quarta, dia 7, pois "as discussões ainda continuam dentro do governo".


A expectativa é que sejam disponibilizados R$ 3,16 bilhões para financiar a safra 2013/1014, com recursos do Fundo de Defesa da Cafeicultura (Funcafé). Destes, R$ 650 milhões seriam para custeio, R$ 1,14 bilhão para as operações de estocagem, R$ 450 milhões para as cooperativas e R$ 900 milhões de capital de giro para as indústrias e exportadores. Também seriam destinados R$ 20 milhões para recuperação de cafezais.

O ministro afirmou que os recursos do Funcafé estão sendo liberados. Os produtores, no entanto, afirmam que os bancos ainda não receberam o dinheiro. O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Fernando Pimentel, também estava presente à entrevista que frustrou quem aguardava o anúncio das medidas.

Entre as principais reivindicações está o aumento do preço mínimo do produto. Produtor há mais de uma década, Carlos Coutinho afirma que este é o pior período enfrentado pelos cafeicultores. O preço da saca de 60 quilos do café arábica está sendo vendido por R$ 280, abaixo do valor mínimo estipulado pelo governo, hoje de R$ 307.

– No atual momento, com esse preço, não é possível ter resultado. Nós achamos que o mercado se ajusta e, em dois ou três anos, vamos ter uma nova retomada de preço. Aguardamos também que as medidas anunciadas tenham alguma repercussão – diz Coutinho.

Na semana passada, o ministro da Agricultura havia prometido aos prefeitos que o pacote de medidas incluiria R$ 5,7 bilhões para mecanização, além de contratos de opção de três milhões de sacas de café. Os produtores reclamam que o governo demorou a adotar medidas de auxílio à venda do grão, que tiraria do mercado quatro milhões de sacas de 60 kg há alguns meses e teria sustentado os preços atuais. Agora, argumentam, mesmo que o governo adote essas medidas, o efeito será menor porque chega ao mercado o produto da nova safra, em fase adiantada de colheita.
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