Cerca de 200 famílias de Lagoinha (SP) têm no requeijão de prato a principal fonte de renda, já que o produto vem fazendo sucesso e ajudando na economia pequena cidade, que já tem reconhecida vocação leiteira. O ítem está se tornando cada dia mais obrigatório nas padarias, que estão vendendo de 50 a 60 unidades por semana e sai em média a R$ 8.

Segundo a Secretaria de Agricultura,o município produz 2,3 mil requeijões de prato por mês. Apesar da fama o processo de fabricação ainda é bem caseiro. "Na verdade é uma tradição do Vale do Paraíba inteiro, Sul de Minas e que aqui ainda, o pessoal, a tradição muito da cultura do interior, aonde tem uma produção de leite muito grande, é uma bacia leiteira aqui no município de Lagoinha que cultivou e não deixou morrer essa tradição de fazer o requeijão de prato", explicou o secretário Antonio Joaquim Moutinho.

No haras da família Pomarole, por exemplo, o preparo vai da ordenha mecânica até a panela e segundo a cozinheira Ana Aparecida Ribeiro, o segredo para não 'desandar o preparo' é o silêncio. "Não pode ter barulho. Não pode falar muito em cima, ter muita gente falando porque senão ele desanda e não dá certo. Eu não acreditava, mas já tive várias experiências com isso e então não abuso não", conta. Ela produz a iguaria há 10 anos.

Para preparar o requeijão de prato, são necessários cinco litros de leite aquecidos e aos poucos se adiciona um coagulante químico para fazer o coalho. A pasta que se forma no meio do leite deve ser separada na peneira, passada na água quente para perder o gosto forte e depois ser banhada leite novamente no leite. Para encerrar, deve-se adicionar uma colher pequena de sal.