Cerca de 50 jovens de todo o Brasil estiveram reunidos, em Brasília, para avaliar as políticas públicas e projetar o futuro da educação no campo. O debate ocorreu nesta quarta (4) e quinta-feira (5), na Oficina Juventude Rural e o Direito à Educação do Campo, promovida pelo Conselho Nacional de Juventude, em parceira com o Comitê Permanente de Juventude Rural do Condraf.

Para a assessora especial para juventude rural do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), Ana Carolina Silva, o evento foi positivo e beneficia os jovens camponeses. “O debate da educação no campo é uma pauta muito farta, porque é uma temática que corresponde aos anseios da juventude rural. O que fizemos aqui foi observar alguns dos modelos aplicados, como as diferenças territoriais, para ampliar a nossa proposta de educação do campo”, explicou.

Além de representantes do Governo Federal, membros da sociedade civil organizada também participaram do evento. “Nós tivemos mais de 20 organizações de juventude, aqui conosco. Vários movimentos sociais mandaram representações para poder trocar experiências, que são fundamentais para formular e aprimorar as políticas públicas para a educação no meio rural”, afirmou Ana Carolina.

Entre os representantes, estava a assistente social do Instituto Aliança, Nilzete Freitas, 47 anos. Ela acredita que colheu bons frutos na oficina. “Vim em busca de novas informações e acredito que já colhi bons frutos. Trabalhamos com 659 famílias rurais e saio da oficina com a perspectiva de que algo pode ser diferente na educação no campo”, observou. Nilzete trabalha com o projeto de Sustentabilidade e Programa Nacional de Crédito Fundiário (PNCF) do instituto em quatro territórios baianos.

Programas

Durante o primeiro dia de oficina, representantes do Incra e do Ministério da Educação apresentaram aos jovens presentes avanços e estratégias futuras das políticas governamentais em relação à juventude rural e educação no campo. Os programas Nacional de Educação na Reforma Agrária (Pronera), o Nacional de Educação do Campo (Pronacampo) e Nacional de Inclusão de Jovens do Campo (ProJovem Campo) foram detalhados pelos expositores para incentivar o debate sobre a necessidade de melhoria do ensino no meio rural.

No último dia de evento, os jovens formaram grupos de trabalho com o objetivo de formular proposições estratégicas, para assegurar o direito do jovem à educação.