O que era para ser uma safra bem doce, tornou-se um prejuízo amargo de R$ 15 mil. Quase dois milhões de abelhas estão mortas.

José Luiz Santos tinha 30 colmeias e a expectativa de produzir mais de uma tonelada de mel este ano.

O mel colhido é o silvestre e as caixas ficavam no meio da mata no município de Gavião Peixoto.

O caso foi denunciado para o Ministério de Agricultura e Meio Ambiente de Gavião Peixoto, que já coletou amostras para análise. A suspeita dos apicultores é que as abelhas morreram por causa do uso de veneno na região, principalmente quando aplicado por aeronaves.

Os produtores de Gavião Peixoto acumulam prejuízo do ano passado, quando perderam dezenas de colmeias. Mais de um milhão de abelhas morreram. Na época, um laudo constatou a presença de um inseticida usado para combater cupins em canaviais.

Este ano, sobraram apenas algumas abelhas e toda a estrutura será jogada fora.

O pesquisador da Unesp Osmar Malaspina confirma que os agrotóxicos aplicados sem controle matam as colmeias. Ele diz que os agricultores têm aumentado as aplicações. Os produtores de laranja, por exemplo, fazem isso para combater o greening.

Os apicultores registraram boletim de ocorrência e aguardam o resultado do laudo que vai explicar a causa das mortes das abelhas.

O escritório de Defesa Agropecuária de São Paulo afirma que não foi informado oficialmente sobre o caso.