Na região Sul, que representa mais de 90% da safra nacional de cana de açúcar, a expectativa é de aumento da produção e da produtividade agrícola, alcançando patamares próximos da capacidade instalada de moagem. A projeção é da Confederação Nacional da Agricultura (CNA) e consta de documento intitulado Balanço de 2013 e Perspectivas para 2014, divulgado em dezembro pela entidade.

Acompanhamento feito pela União da Indústria da Cana de Açúcar (Única), até novembro de 2013, prevê um incremento de 12% na moagem em relação à safra anterior.

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No caso da região Nordeste, a produção e a produtividade vão continuar em queda, ainda em função dos efeitos da forte seca que atingiu extensas áreas de canaviais.

Nestas regiões, segundo projeções do Projeto Campo Futuro da CNA, a margem de rentabilidade em relação ao custo total será negativa, sendo necessário dar prioridade ao controle e à redução dos custos de produção, associado à busca do aumento de produtividade.

Segundo a CNA, os custos estão associados às normas regulatórias, como a lei da Balança, que limita a quantidade de cana transportada e proíbe a queima da palha da cana, permanecerão no centro das atenções dos integrantes da cadeia produtiva.

O consumo de açúcar, conforme dados da Organização Internacional do Açúcar (ISO) está crescendo em torno de 2% ao ano, equivalente atualmente a 3,6 milhões de toneladas. Na safra 2013/2014, estima-se um excedente de 3,5 milhões de toneladas. Segundo analistas da CNA, o mercado mundial é muito volátil, com um superávit que permanece já há três safras.

A consequência desse cenário, de acordo com a CNA, foi a queda brusca nos preços, quadro que deve perdurar por mais uma ou duas safras. “Como o Brasil é o maior player deste mercado, é importante utilizar sua flexibilidade produtiva para o redirecionamento de parte da produção e assim suprir a demanda crescente por etanol. Ao mesmo tempo, com esta estratégia, reduzir a oferta de açúcar”, analisa o documento.