Olhar Agro & Negócios

Quarta-feira, 17 de julho de 2024

Notícias | Agronegócio

Crise no setor do açúcar e do álcool em AL prejudica contratações

A situação é ruim para quem trabalha no setor da cana-de-açúcar, em Alagoas. As lavouras sofrem com a seca, os agricultores reclamam do preço pago pela indústria e muitos colhedores estão sem emprego.


Plínio Ferreira Machado tem 300 hectares plantados com cana em Messias, região metropolitana de Maceió. A colheita começou em novembro e deve terminar no fim do mês com uma produção de 17 mil toneladas, mas o agricultor estima uma queda de 12% na produção em comparação com o ano passado.

O problema é que a redução na colheita, tendência em todo o estado, não refletiu nos preços. Os agricultores estão recebendo cerca de R$ 59 pela tonelada, R$ 3 a menos que na safra passada. O motivo da queda são os estoques mundiais de açúcar, que ainda estão muito grandes. A maior parte da cana colhida em Alagoas é destinada à produção desse derivado.

A seca prolongada e os preços baixos levaram as 20 usinas do estado a contratar menos gente. Para piorar, quatro delas faliram e quem depende do setor para sustentar a família, foi prejudicado.

Segundo a Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Alagoas (Fetag), mais de 15 mil trabalhadores deixaram de ser contratados na safra.

De acordo com o Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool de Alagoas, até agora foram processadas 12 milhões de toneladas de cana. A safra atual deve terminar em março com quase 24 milhões de toneladas, o que representa queda de 15% em relação ao ano passado.
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