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Quarta-feira, 17 de julho de 2024

Notícias | Agronegócio

UE prevê recuperação lenta e desigual para os países do bloco

Pequena melhora - Distanciando-se do baixo astral dos anos de crise, Bruxelas melhorou um pouquinho, para 1,2% sua previsão de crescimento para a economia de € 9 trilhões do bloco em 2014. A estimativa anterior era de 1,1%. A previsão revista foi motivada primordialmente por um salto de 1,8% na Alemanha.


Obstáculos - Mas as estatísticas também deixaram clara a dimensão dos obstáculos com que se defrontam a Itália e seu novo primeiro-ministro, Matteo Renzi, para recuperar a terceira maior economia no bloco. A Comissão Europeia prevê um crescimento de mero 0,6% neste ano. Em relação à França, a expectativa é de que o país crescerá 1% em 2014. "A recuperação está ganhando terreno", afirmou Olli Rehn, comissário da União Europeia (UE) responsável pela política econômica. "O pior da crise pode ter, agora, ficado para trás", disse ele, advertindo, porém, que a recuperação é "ainda modesta".

Alívio - Embora a melhoria de perspectivas vá proporcionar um alívio ao Banco Central Europeu (BCE), os números também evidenciam como a Europa ainda está atrás dos EUA. A economia americana deverá crescer cerca de 3% em 2014, impulsionada por enormes programas de impressão de dinheiro que o BCE não foi capaz de imitar.

Linha divisória- Os números também delineiam uma linha clara divisória, na zona do euro, entre os países meridonais, como a Grécia, em dificuldades econômicas e argumentando em favor de mais liberdade para gastar, e a Alemanha, impulsionada por fortes exportações e determinada a impor austeridade.

Alemanha - Paul De Grauwe, um economista da London School of Economics, culpou a Alemanha por tolher o BCE e disse ter chegado a hora de o BC europeu atuar, após ter criado um programa especial de emergência de compra de títulos soberanos por meio de operações monetárias diretas (OMT, em inglês).

Riscos - "Eles precisam assumir alguns riscos (...) O BCE foi ousado ao anunciar as OMT, mas depois disso nada fez", afirmou De Grauwe. "Os alemães estão com medo da própria sombra. Os EUA estão dispostos a ir mais longe para estimular a economia. Em consequência, o crescimento acelerou", acrescentou.

Liberdade de ação- Mas Mario Draghi, o presidente do BCE, tem menos liberdade de ação. Os estatutos do BCE o proíbem de comprar títulos diretamente de governos, embora possa encontrar maneiras de adquiri-los de bancos, por exemplo, no mercado aberto, ou aceitá-los como garantia de financiamento.

Nova rodada de empréstimos- Os mercados acreditam que a próxima iniciativa do BCE poderá ser a oferta de uma nova rodada de empréstimos baratos de longo prazo aos bancos.

Preços ao consumidor- Para complicar ainda mais o cenário para o BCE, a Comissão prevê que a inflação nos preços ao consumidor ficará bem abaixo da meta do banco central, de cerca de 2%. A inflação deverá ficar em 1% em 2014 e 1,3% no ano que vem.
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