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Quarta-feira, 17 de julho de 2024

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Assembleia inicia rodada de audiências públicas para debater viabilidade do trigo em Mato Grosso

Foto: Reprodução

Assembleia inicia rodada de audiências públicas para debater viabilidade do trigo em Mato Grosso
A Assembleia Legislativa começará uma rodada de audiências públicas para debater a viabilidade técnica e econômica para a produção de trigo em Mato Grosso como alternativo para o período de transição da lavoura. As primeiras discussões deverão acontecer nos dias 13 e 20 deste mês, em Nova Mutum e Primavera do Leste, respectivamente.


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O projeto, de autoria dos deputados estaduais José Riva (PSD) e Neldo Egon (PR), leva em conta que o solo e o clima do estado seja favorável a produção do cereal, normalmente cultivado em regiões frias, como no Sul do país e na Argentina. De acordo com a assessoria de imprensa dos parlamentares, especialistas que já tiveram experiências positivas com o trigo participarão dos debates.

“Todos sabem o potencial de Mato Grosso como produtor de grãos, entendemos que o clima e condições de solo são propícios para o cultivo do trigo. Estamos fomentando esse debate há um tempo em câmaras temáticas e agora, através das audiências públicas, vamos discutir com produtores, associações, cooperativas, estudiosos do assunto para mostrar que o estado tem grande viabilidade para ser um dos grandes produtores de trigo”, explicou Riva.

Durante a reunião ordinária da Organização das Cooperativas Brasileiras no Estado de Mato Grosso (OCB-MT) da Câmara Técnica do Trigo, vinculada à Secretaria de Estado de Desenvolvimento Rural e Agricultura Familiar (Sedraf), foi debatida a relevância das audiências públicas, a viabilidade técnica para a produção de trigo que é trabalhada há anos por meio de estudos da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer), e os benefícios econômicos que garantem a produção para o mercado consumidor interno.

“A maioria das pessoas comem pão, pizza, macarrão, lasanha, mas ainda temos mais de 90% da farinha trigo sendo importada. Percebemos que temos potencial técnico para o trigo ser plantado em Mato Grosso e é viável comercialmente. Estimular este cultivo reduz as importações, e diminui o preço final para o consumidor, pois não teremos os custos da logística trazendo os produtos de fora”, explicou o coordenador da Câmara Técnica do Trigo e pesquisador da Empaer, Hortêncio Paro.

Em Mato Grosso, são consumidos anualmente aproximadamente 120 mil toneladas de farinha de trigo. Produtores de Nova Mutum, Lucas do Rio Verde e Sorriso já estão plantando lavoura de trigo. “É uma questão de mercado, se tivermos com o trigo acima de R$ 50 reais a saca, grande parte dos produtores vão olhar com carinho a cultura do trigo”, observa o pesquisador.

Já tramita na Assembleia Legislativa, projeto de lei (455/2013) de autoria do deputado José Riva, que institui o Fundo de Apoio à Cultura do Trigo (FACTRIGO), com o objetivo de viabilizar a pesquisa, a produção e industrialização do trigo, a exemplo do que ocorreu com outras culturas como soja, algodão e milho.

O fundo terá como receita principal a contribuição no valor de 0,1 (um décimo) da UPF/MT por tonelada de farinha de trigo comercializada aqui e que tenha origem fora do estado, além de doações, auxílios oriundos de convênios com instituições públicas e privadas e créditos consignados no orçamento estadual.

“Todos os estudos confirmam a viabilidade do trigo em Mato Grosso, que tem apresentado uma qualidade acima da média nacional e melhor até que o similar argentino. O plantio já é feito de forma experimental e com a criação do fundo será possível investir em pesquisa, assegurando a efetividade do trigo como nova e rentável opção, consorciada com a soja, alavancando mais um setor da economia do Estado”, explicou Xisto Bueno, assessor especial da Assembleia Legislativa.
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