Segundo o adido do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), a indústria nacional comprou 3,48 milhões de toneladas do cereal produzido nos EUA. O volume foi o maior nos últimos 30 anos, conforme o órgão. Com o resultado, o Brasil ficou 500 mil toneladas atrás da China no ranking dos principais clientes dos Estados Unidos.

No ano passado, os argentinos tiveram de segurar o trigo no mercado interno para evitar uma escassez e consequente aumento na inflação através dos preços dos pães e massas. O país vizinho, tradicional e maior fornecedor brasileiro, teve uma quebra na colheita do produto, assim como o Brasil.

De acordo com a Associação Brasileira da Indústria do Trigo (Abitrigo), ao todo, o país buscou 7,2 milhões de toneladas do grão em outros países, 10% mais do que no ano anterior. Para este ano, a previsão é de que as importações somem 6,5 milhões de toneladas.

Foi o volume de trigo importado pelo Paraná em fevereiro. O estado, segundo maior produtor nacional, teve a safra comprometida por duas geadas durante o desenvolvimento das lavouras. Com isso, o Rio Grande do Sul assumiu a liderança na colheita no país.

Produção na UE

A produção de trigo da União Europeia deve permanecer quase inalterada em 2014/2015 na comparação com a temporada anterior, com um aumento da área plantada compensando expectativa de uma produtividade menor, afirmou a Comissão Europeia.

Em sua primeira previsão para a safra de 2014, a Comissão estimou a produção da UE em 134,7 milhões de toneladas, contra 134,3 milhões em 2013, com base em um aumento de 2,8% na área plantada e uma queda de 2,3% nos rendimentos por hectare.

O volume ainda seria quase 5% acima da média de cinco anos. A Comissão estimou a produção de cevada em queda de 2,9 milhões de toneladas, para 56,4 milhões de toneladas em 2014/2015, devido à queda em área e em produtividade.

Os números da Comissão consideram a chamada produção utilizável -volume colhido após a dedução de perdas em campo e desperdício, que geralmente representam menos de 1 por cento da safra.

A colheita de milho foi estimada em 69,4 milhões de toneladas este ano, contra 65,7 milhões registradas no ano passado e quase 13% acima da média de cinco anos.