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Quarta-feira, 17 de julho de 2024

Notícias | Agronegócio

Seca, salário mínimo e adubos elevam os custos no início de 2014

Os custos do pecuarista de leite subiram em fevereiro, segundo pesquisas do Cepea em parceria com a CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil). Com a seca, houve aumento na demanda por sal mineral e concentrado, com a finalidade de suprir as deficiências nutricionais dos animais no pasto.


Além disso, a elevação do salário mínimo e a valorização dos adubos utilizados para a formação de áreas agrícolas, de silagem e de pastagens também influenciaram a alta dos custos.

No acumulado deste ano (de dezembro/13 a fevereiro/14), considerando-se a “média Brasil” (BA, MG, GO, PR, RS, SC e SP), o Custo Operacional Efetivo (COE) subiu 2,29% e o Custo Operacional Total (COT), 2,15%.

A seca na região Centro-Sul do País entre meados de janeiro e de fevereiro prejudicou diversas áreas de forrageiras e silagem, elevando a demanda por sal mineral e por concentrados. Além disso, a produção de milho também foi prejudicada em diversas regiões por conta da estiagem, elevando o valor da matéria-prima da alimentação. Assim, no acumulado do ano, houve forte alta de 4,58% no grupo “suplementação mineral” e de 0,83% no “concentrado”. Esses dois itens, juntos, representam cerca de 50% do COE.

O salário mínimo teve reajuste de janeiro e fevereiro em praticamente todos os estados acompanhados por este estudo, com exceção do Paraná, onde o aumento ocorre apenas em maio.

Em média, houve acréscimo de 8,26% no salário – vale lembrar que alguns estados, como SP, SC e RS, têm reajustes que se diferem do nacional. No acumulado do ano, o grupo “mão de obra” teve valorização de 6,26%.

Quanto aos adubos, agentes intensificaram as compras desses insumos no início deste ano, temendo novas altas de preços por conta do dólar elevado. Além disso, a demanda estava elevada por conta das compras de insumos para a segunda safra. Os adubos foram os principais responsáveis pela alta dos itens “silagem”, “manutenção de forrageiras perenes” e “forrageiras anuais”, que subiram 3,95%, 4,54% e 5,66%, respectivamente, no acumulado deste ano.

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