As vendas de máquinas agrícolas caíram 21,3% no primeiro trimestre de 2014, em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo dados divulgados pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). Nos três primeiros meses do ano foram entregues ao mercado 14.9 mil unidades, frente a 18.9 mil entre janeiro e março de 2013.

O maior recuo de comercialização em número de unidades – cerca de 3,1 mil - foi na categoria tratores de pneus, com venda de 11.3 mil máquinas no primeiro trimestre do ano, frente a 14.4 mil em idêntico período de 2013, índice 21,7% menor na comparação.

Já a venda de colheitadeiras baixou em cerca de 500 unidades. Entre janeiro e março de 2014, as entregas somaram 2.012 máquinas, contra 2.532 do primeiro trimestre do ano anterior. O índice de recuo nessa categoria foi de 20,5%.

Se a baixa nas vendas persistir no decorrer do ano no mesmo índice registrado no primeiro trimestre, 2014 poderá ser o pior dos últimos três anos para o setor, com estimativa de vendas de cerca de 60 mil unidades. Em 2013 foram negociadas 83 mil máquinas e, em 2012, 70,1 mil.

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A Anfavea atribui os números negativos do período ao atraso na operacionalização do Programa de Sustentação do Investimento (PSI), do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A ferramenta de crédito é uma das principais financiadoras de máquinas agrícolas do país atualmente e, em 2014, novos contratos do PSI só puderam ser firmados a partir de 27 de janeiro.

O vice-presidente da Anfavea, Milton Rego, também acrescenta que as perspectivas dos produtores rurais em relação à queda na produção agrícola devido ao clima também ajudaram a diminuir as vendas. Muitos agricultores foram afetados por queda de produção nesta safra. O excesso de chuvas em Mato Grosso e a seca no Centro-Sul do país trouxeram mais doenças às lavouras e redução da produtividade. “Assim, a lucratividade desta temporada será menor ante a de 2013”, diz Rego.