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Quarta-feira, 17 de julho de 2024

Notícias | Agronegócio

Em MG, safra do café pode ter quebra de até 30%, diz agrônomo

As altas temperaturas e a seca nos últimos meses de dezembro e janeiro prejudicaram as lavouras de café de Minas Gerais. Apesar de a colheita ser finalizada só no começo de setembro, os produtores já projetam uma quebra que pode chegar a 30%.


Segundo o engenheiro agrônomo Roberto Felicori, do Departamento Técnico da Cooperativa de Cafeicultores da Zona de Três Pontas, a situação na região continua alarmante, pois é necessário que chova 300 milímetros para que a próxima safra tenha bons resultados.

“Para se chegar até 300 milímetros é preciso haver chuvas diárias nos meses de maio até setembro. Mas os agricultores estão preocupados, pois em junho e julho não costuma chover na região de Três Pontas”, diz o agrônomo.

A quantidade de chuva registrada no começo deste ano foi 30,6 milímetros. Já em janeiro do ano passado, 259 milímetros. Em fevereiro de 2014, 48 milímetros, e em 2013, 197,4 milímetros.

De acordo com a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), a estimativa para colheita neste ano era cerca de 60 milhões de sacas. Devido à seca, a estimativa foi reduzida para 48,34 milhões de sacas.

Felicori diz estar pessimista com a safra deste ano “Não conseguimos nem adubar o café, não teve nenhuma chuva. Nos meses de fevereiro e março, o solo ficou seco o tempo todo”, afirmou.

Umidade em junho e julho

Segundo Alexandre Nascimento, meteorologista da Climatempo, nesses meses a região mineira continuará com menos chuva do que o normal, podendo ocorrer apenas um evento com mais umidade (mesmo assim, com pouca chuva) entre junho e julho. O restante dos meses será mais seco do
que o normal.

A seca não só prejudicou a plantação de café como trouxe péssimos resultados na safra de soja e milho. “Conheço um agricultor aqui de Minas que não conseguiu colher o milho, perdeu praticamente tudo, devido a esse efeito climático”, disse o agrônomo.

De acordo com a analista de agronegócios da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais, Claudia Mara Oliveira, para que o agricultor não perca a motivação devido a esses fatores climáticos é necessário que ele mantenha as lavouras em bom estado. A plantação do café requer muita atenção, e também é preciso ficar atento ao clima. “O produtor rural vive em clima aberto. Não tem como o agrônomo fazer nada neste sentido.”

Sobre o Grupo Climatempo

O Grupo Climatempo é a maior empresa privada de meteorologia do país. Fornece, atualmente, conteúdo para mais de 50 retransmissoras nacionais de televisão, para rádios de todo o Brasil e para os principais portais. Com cerca de 1.100 clientes, a empresa atua principalmente em dois segmentos: o de agronegócios e o de meios de comunicação. Oferece também conteúdo meteorológico estratégico para empresas de moda e varejo, energia elétrica, construção civil, transporte e logística, além de bancos, seguradoras e indústrias farmacêuticas e de alimentos. O Grupo é presidido pelo meteorologista Carlos Magno, que, com mais de 27 anos de carreira, foi um dos primeiros comunicadores da profissão no país.
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