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Quarta-feira, 17 de julho de 2024

Notícias | Agronegócio

Combate ao inseto vetor do greening terá ação conjunta

Atacar sistematicamente o inseto transmissor da bactéria causadora do greening, a doença mais preocupante da citricultura, é uma das maneiras mais eficazes de impedir que a enfermidade se alastre pelos pomares da região. Com esse objetivo, a Cocamar Cooperativa Agroindustrial promove na próxima semana, de segunda-feira (26/05) a sábado (31/05), uma ação em conjunto com o apoio da Agência de Desenvolvimento Agropecuário do Paraná (Adapar) nas regiões noroeste e norte do Estado.


Combate químico- De acordo com o engenheiro agrônomo Robson Ferreira, coordenador de Culturas Perenes da cooperativa, a orientação é que todos os cerca de 400 produtores de laranja ligados à cooperativa, com área total de 12 mil hectares, façam o combate químico do inseto psilídeo (Diaphorina citri), que se propaga rapidamente e a grandes distâncias.

Doença destrutiva- O greening (Huanglongbing/HLB) é a mais destrutiva doença dos pomares e não há nenhuma variedade resistente. Segundo a Cocamar, 3% dos pomares da região noroeste estão infectados, índice que sobe para 6% no norte do Estado. O percentual ainda é considerado relativamente confortável por especialistas, sobretudo na comparação com os 17% de pomares doentes, em média, no vizinho Estado de São Paulo. Mas, na opinião de Ferreira, os produtores paranaenses não podem descuidar e, nessas ações organizadas periodicamente pela cooperativa, eles têm mais chances de retardarem o avanço da doença.

Viagem - Em abril, a Cocamar organizou uma viagem com técnicos e produtores à região produtora de laranja da Flórida, nos Estados Unidos, onde constatou a devastação provocada pelo greening, já presente em 100% dos pomares. A estimativa do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (Usda) é que a safra 2013/14 naquele estado – o segundo mais importante produtor mundial, depois de São Paulo – fique ao redor de 100 milhões de caixas de 40,8 quilos este ano, mais de 46% a menos que as 146,7 milhões do ciclo 2011/12. Segundo os técnicos, o greening se alastrou, principalmente, porque os produtores subestimaram o poder destrutivo da enfermidade e tentaram controlá-la com coquetéis nutricionais, que não deu resultado.
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