A colheita da cana-de-açúcar começou mais tarde no oeste de São Paulo. Por causa da estiagem do início do ano, as plantas demoraram mais para se desenvolver e a produtividade vai ser menor.

Para que a cana atingisse o tamanho de corte, o produtor teve que esperar. Em um canavial que fica em Junqueirópolis, a falta de chuva na hora certa deixou os caules pouco desenvolvidos. A colheita teve que ser atrasada em um mês.
Em época de colheita a noite cai, mas o trabalho continua em ritmo intenso porque as usinas precisam da matéria-prima.
Nos últimos cinco anos, a área plantada com cana-de-açúcar caiu cerca de 30% no oeste paulista, segundo o Instituto de Economia Agrícola. Para esse ano, os números podem ser preocupantes.

Em um canavial que fica em Pauliceia, a colheita foi atrasada em quase um mês e as máquinas não param de trabalhar agora nem no período noturno. A intenção é reduzir ao máximo as perdas, provocadas pela estiagem.

Ao todo, devem ser moídos 2,2 milhões de toneladas de cana, 15% menos que o previsto, o que deve impactar no faturamento da usina. “Como vamos esmagar menos cana, a gente encurtou o período de safra, atrasando e reduzindo o número de funcionários por causa da queda no faturamento”, explica Otávio Tavares Filho, gerente agrícola.