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Quarta-feira, 17 de julho de 2024

Notícias | Agronegócio

Transporte de carga reduzido na Tietê-Paraná, em SP, provoca demissões

O nível dos rios, em São Paulo, está baixo por causa da falta de chuva. Na hidrovia Tietê-Paraná, o transporte de carga foi reduzido e já tem empresa demitindo funcionário.

Virou cena comum, dezenas de barcaças estão paradas às margens do Rio tietê, no interior paulista. Por determinação do Departamento Hidroviário de São Paulo, a circulação de comboios ficou restrita na hidrovia Tietê-Paraná e se antes, as barcaças transportavam 6 mil toneladas de carga, hoje o volume não passa de 4 mil toneladas. Com essa medida, as empresas alegam que não compensa fazer o transporte porque há muito gasto.
Segundo o governo, a prioridade no momento é a produção de energia, mas os empresários não concordam com paralisação parcial da hidrovia Tietê-Paraná e calculam um prejuízo de R$ 40 milhões este ano.

Em Pederneiras fica um dos mais importantes portos intermodais do interior paulista, mas por causa da redução da navegação, centenas de vagões que levariam soja, farelo de soja e outros grãos ao Porto de Santos, também estão parados.

Como não há serviço, as empresas que fazem o transporte na hidrovia Tietê-Paraná estão dispensando os funcionários.

Nelson Michelin é presidente de uma das maiores empresas que exploram o transporte de cargas pela hidrovia. Ele conta com três mil funcionários, que trabalham direta ou indiretamente na empresa, e além de fabricarem barcaças, peças e outros equipamentos para a hidrovia, também transportavam cerca 300 mil toneladas de cargas por mês pelo rio. Com a redução do volume transportado, o empresário diz que toda a produção da empresa foi comprometida e 350 funcionários já foram demitidos, mas este número pode ser ainda maior.

O secretário de Desenvolvimento Econômico de Pederneiras, Juarez Solana, diz que a cidade já está sentindo os reflexos da diminuição do transporte na hidrovia. O transporte de cargas gera impostos para os cofres municipais e além da diminuição na arrecadação, a demissão em massa também preocupa, justamente em um período em que o movimento era para ser intenso na Tietê-Paraná.

De acordo com o Departamento Hidroviário, ligado à Secretaria de Transportes de São Paulo, a geração de energia é prioridade desde o mês de fevereiro. O órgão informa que solicitou uma reunião de emergência com o operador nacional do sistema elétrico, com a Agência Nacional de Águas e com os ministérios dos Transportes e de Energia para tratar do assunto.
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