A Copa do Mundo está ajudando a impulsionar as vendas em vários setores, mas nem todos estão felizes com os efeitos provocados pela competição no Brasil. Em Mogi das Cruzes, São Paulo, os floricultores estão com dificuldades para negociar a produção. A queda ocorre justamente no período que as despesas aumentam.

O colorido das flores desapareceu. Nesse período de frio, a folhagem predomina e para manter tudo assim é preciso equilibrar a temperatura nas estufas. Muitos agricultores recorrem ao aquecedor, o que aumenta bastante os gastos no sítio.
Para diminuir o uso do sistema de aquecimento, os floricultores apostam nas espécies mais resistentes ao frio, como os dendróbiuns e cimbidiuns. O controle das despesas é importante, principalmente, porque esse é um ano atípico. A Copa do Mundo no Brasil fez as vendas caírem em cerca de 20% em relação ao mesmo período do ano passado.

A situação é a mesma em outro sítio, as vendas já diminuíram por causa da Copa do Mundo, por isso, a estratégia foi atrasar a floração.

A Copa do Mundo, o frio, tudo isso vem interferindo nos negócios, mas um outro fator também mudou os planos dos produtores. A variedade de folhagem verde e amarela seria a novidade do setor na Copa, isso se ela tivesse dado flores no tempo planejado, o que não aconteceu.