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Quinta-feira, 15 de agosto de 2024

Notícias | Agronegócio

Doenças que afetam o sistema respiratório em pauta no curso Sanidade Avícola da Fepagro

A palestra integrou o módulo “Doenças que afetam o sistema respiratório” do evento que ocorre até o dia 30 de junho, em Eldorado do Sul. A promoção é do Programa de Pós-Graduação em Saúde Animal, do Instituto de Pesquisas Veterinárias Desidério Finamor (IPVDF)/Fepagro Saúde Animal; do Grupo de Pesquisa Inova, certificado pela Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária (Fepagro); e do Sindicato dos Médicos Veterinários do Estado do Rio Grande do Sul (SimvetRS).


Cerdá, que também é professor da Universidade Nacional de La Plata, na Argentina, abordou aspectos importantes sobre a epidemiologia e os sinais clínicos da doença Micoplasmose Aviária, que é produzida pelos patógenos Mycoplasma gallisepticum (MG) e Mycoplasma synoviae (MS). Ele falou a respeito de novos métodos de diagnóstico, que têm permitido a detecção mais rápida da enfermidade. “Medidas de prevenção e controle foram propostas para que as agroindústrias reduzam a ocorrência da micoplasmose”, informou.

Conforme o médico veterinário, a micoplasmose é uma das principais formas de doença respiratória que ataca as aves. “É um problema mundial, que causa perdas de produção e, por consequência, econômicas. A produção de ovos chega a cair, em média, 5 a 10%”, contou. “Em relação ao frango de corte, há perda de peso; piora da conversão alimentar; e aumento da condenação de aves no abate, por estarem infectadas”.

Cerdá esclareceu que, para melhorar esse quadro, existem, no Brasil, planos de erradicação de micoplasma das reprodutoras, que realizam programas de monitoria sanitária, prevenindo a ocorrência da micoplasmose nos plantéis de reprodutores. “Nas aves de postura comercial, aplicam-se antibióticos específicos, além do uso de vacinas, que controlam a ocorrência da enfermidade”.

O pesquisador disse ainda que o primeiro ponto para o controle da doença é a biossegurança, “para prevenir a infecção de bactérias nas matrizes pesadas (frango de corte) e nas matrizes leves (poedeiras comerciais)”.

Segundo Cerdá, os fatores que dificultam o controle e a erradicação da micoplasmose são: concentração de granjas em regiões; granjas de idade múltipla; deficiências de manejo; falhas na biossegurança; transmissão vertical (que passa das matrizes para os pintos) e horizontal (por via aérea); falhas em técnicas de diagnóstico.

“O Laboratório de Saúde das Aves do IPVDF/Fepagro desenvolveu técnicas moleculares que permitem o diagnóstico rápido e com alta sensibilidade para detectar estes patógenos nas aves”, pontuou o responsável técnico do Laboratório, Benito de Brito.
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