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Terça-feira, 16 de julho de 2024

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DEMORA

Deputado de Mato Grosso reclama da burocracia para liberação de crédito agrícola

Foto: Assessoria

Deputado de Mato Grosso reclama da burocracia para liberação de crédito agrícola
Em audiência pública da Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara, o deputado federal Adilton Sachetti (PSB-MT) alertou para a demora na análise dos pedidos de financiamento. "Há recursos no mercado, o grande problema é o afunilamento do crédito pela burocracia", falou o parlamentar mato-grossense, que também é produtor rural.


Muitos produtores ainda não conseguiram recursos para pré-custeio (compra de insumos básicos para a lavoura), o que encarece os custos de produção. Outro problema, segundo a deputada Teresa Cristina (PSB-MS), são as exigências mais rigorosas, como a hipoteca da terra.

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"Antes era apenas penhor da safra, isso atrasa o recebimento do crédito. A safra de milho foi ‘monstruosa’ e as empresas não tiveram recursos para a compra dessa produção, apesar das exportações estarem fluindo muito bem", comentou.

Já o deputado Valdir Colatto (PMDB-SC) enfatizou que uma das exigências desnecessárias é a certidão negativa junto a serviços de proteção ao crédito do proprietário que arrenda a terra. Segundo ele, isso impede que o arrendatário tenha acesso ao crédito. “Outra exigência é a revalidação dos cadastros bancários, o que adia as negociações com o banco por três ou até quatro meses”, criticou.

Depósitos a vista

O diretor-adjunto de Negócios da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Ademiro Vian, chamou atenção para a queda de R$ 6,8 bilhões no volume dos depósitos a vista destinados ao crédito agrícola, tendência observada desde janeiro.

Hoje, os bancos têm de aplicar 34% da média diária de depósitos a vista, nas linhas de crédito rural. "Essa fonte não vai acompanhar a demanda do setor." Ele lembrou que os depósitos à vista (dinheiro que o público deposita nos bancos) são um dos instrumentos de política monetária prejudicados pela desvalorização do real.

O diretor do Departamento de Economia Agrícola do Ministério da Agricultura, Wilson Vaz de Araújo, admitiu que a pasta enfrenta cenário macroeconômico desfavorável se comparado ao período de 2009 a 2014. Ainda assim, o desempenho do crédito é positivo. "Claro, sabemos que depósitos à vista e a própria caderneta de poupança estão em situação mais delicada do que no ano passado", disse, ressaltando que a oferta de recursos aumentou em R$ 30 bilhões, de julho de 2014 para 2015.

O diretor de Agronegócios do Banco do Brasil, Ivandré Montiel da Silva, por sua vez, destacou o crescimento de 3% do volume de recursos injetado pela instituição no agronegócio neste ano. Do primeiro para o segundo trimestre, a carteira agrícola do banco, segundo ele, passou de R$ 163,4 bilhões para R$ 168,3 bilhões.

Desse total, 29% operações de crédito rural foram voltadas ao custeio (despesas básicas da lavoura); 20% à agroindústria e 46% a investimentos (modernização agrícola).

Com informações da Agência Câmara.
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