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Quarta-feira, 17 de julho de 2024

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ESTIMATIVAS

Safra de soja em 2012/13 pode alcançar 86 mi de toneladas com boas condições climáticas

Foto: Reprodução

Caso chuvas continuem ajudando as lavouras, produção de soja será até 25% maior que anterior

Caso chuvas continuem ajudando as lavouras, produção de soja será até 25% maior que anterior

A produção brasileira de soja pode atingir até 86 milhões de toneladas, caso as condições climáticas nos próximos meses se mantenham favoráveis ao desenvolvimento das lavouras. A previsão é do diretor de Política Agrícola da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Silvio Isopo Porto. A estimativa atual é de produção de 82,6 milhões de toneladas de soja, volume 24,5% superior ao da safra passada.


Em entrevista coletiva para divulgar os números do terceiro levantamento da safra de grãos, Porto destacou o expressivo crescimento da área cultivada de soja, que, além de ganhar espaço com a conversão de pastagens também avançou sobre de áreas antes ocupadas com milho, arroz, algodão e feijão.

O terceiro levantamento da Conab confirma que a soja é a única entre as lavouras de verão, semeadas entre setembro e dezembro, que apresenta aumento na área cultivada. A previsão da Conab é de aumento de 2,198 milhões de hectares na área de soja, estimada em 27,2 milhões de hectares.

Segundo a estimativa da Conab, o milho de verão perde 415,5 mil hectares (para 7,1 milhão de hectares). O algodão encolhe 390,8 mil hectares (para 1,002 milhão de hectares). O arroz cede 16,9 mil hectares (para 2,409 milhões de hectares). A área de feijão de primeira safra diminui 7,5 mil hectares (para 1,147 milhão de hectares).

Porto observa que, nos casos do milho, do feijão e do arroz, as estimativas são de aumento da produção, apesar da redução das áreas cultivadas, porque a produtividade esperada deve superar à da safra passada, que teve forte queda por causa da estiagem que castigou a região Sul no início deste ano.

As expectativas são de aumentos de 1,8% na produção de milho de verão (para 34,474 milhões de toneladas), de 5,4% no feijão de primeira safra (para 1,302 milhão de toneladas) e de 2,8% no arroz (para 11,9 milhões de toneladas). Já a produção de algodão deve recuar 21,9%, para 1,468 milhão de toneladas de pluma. Porto ressalta que parte da queda pode ser compensada pelo aumento do plantio do algodão de segunda safra, semeado após a colheita da soja.

O levantamento da Conab mostrou que a soja se consolida como principal lavoura cultivada pelos agricultores brasileiros, em virtude da garantia de rentabilidade, proporcionada pelos altos preços nesta safra. O maior aumento no plantio de soja ocorre na região Centro-Oeste, onde a previsão é de expansão de 1,244 mil hectares, sendo 698 mil em Mato Grosso, 291 mil em Goiás e 252 mil em Mato Grosso do Sul. Mesmo no Sul a soja avança sobre áreas de outras culturas, com aumento previsto de 499 mil hectares, sendo 219 mil no Paraná, 231 mil no Rio Grande do Sul e 49 mil em Santa Catarina.

Clima

O dirigente da Conab comentou que as perspectivas são de clima favorável ao desenvolvimento das lavouras. Segundo ele, os levantamentos feitos por satélite mostram que 94% das lavouras de soja na região norte de Mato Grosso estão com índice vegetativo dentro da média. A região responde por 17,9% da produção brasileira de soja.

No noroeste do Rio Grande do Sul, que na safra passada teve forte perda de safra por causa da estiagem, as condições atuais são de 70% das lavouras com índice vegetativo dentro da média. O noroeste gaúcho responde por 11,5% da soja e 7,5% do milho produzido no Brasil. No oeste do Paraná, que também teve quebra de safra no início deste ano, atualmente 50% das lavouras estão dentro da média e 49% acima da média.
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