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Quarta-feira, 17 de julho de 2024

Notícias | Agronegócio

Pesquisa revela dados inéditos com arroz de Mato Grosso

Após um ano de pesquisa com 200 linhagens de arroz de terras altas plantadas em solos com baixo e alto teor de fósforo, a pesquisadora da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer), Maria Luiza Perez Villar, revela dados inéditos com a seleção de 13 linhagens de alta produtividade que atende a todas as características de arroz tipo 1(grãos de qualidade).


Os experimentos foram analisados no Centro de pesquisa da Empaer, no município de Sinop (500 km ao Norte de Cuiabá). Nesta terça-feira (11), foram plantadas mais 200 linhagens diferentes de arroz.

Maria Luiza destaca que Mato Grosso saiu na frente com linhagens que vão reduzir o custo de produção dos produtores rurais. Ela comenta que 90% do solo apresenta baixo teor de fósforo sendo necessário grande quantidade de fertilizante a ser aplicado. Com as linhagens produtivas, o produtor vai economizar em torno de 80 quilos do fertilizante superfosfato triplo por hectare, considerado um dos mais caros no mercado.

“O fertilizante que contém fósforo encarece o sistema produtivo das lavouras. Nossos solos são deficientes e o fertilizante é adsorvido (o fósforo entra na argila e não tem como a raiz da planta absorvê-lo) ficando indisponível para as plantas”, esclarece.

Conforme a pesquisadora, o desenvolvimento de tecnologia para a cadeia produtiva do arroz iniciado em 2010, já apresenta bons resultados com a difusão de novas cultivares, melhoria na qualidade dos grãos, produtividade, redução no custo de produção e competitividade com o arroz do Sul do país. Villar fala que Estado está produzindo um arroz ecologicamente correto com a utilização das águas das chuvas, com esse tipo de irrigação diminui a contaminação ambiental por oxido nitroso que é altamente poluente para a camada de azônio.

As diferentes linhagens de arroz plantadas são oriundas da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Arroz e Feijão e o projeto de pesquisa é financiado pela Fundação de Amparo a Pesquisa do Mato Grosso (Fapemat) e pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

O experimento está sendo implantado numa área de quatro mil metros quadrados, divididos em solos com baixo fósforo e com alto teor de fósforo. “Essas variedades estarão à disposição do produtor rural em 2015”, destaca Maria Luiza.
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