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Quarta-feira, 17 de julho de 2024

Notícias | Agronegócio

Café do Cerrado mineiro tem lance mais alto em leilão estadual

Uma saca de café categoria Natural, campeão do Estado pela região do Cerrado Mineiro, foi vendida por R$ 2,5 mil, o maior lance do leilão do 9º Concurso Estadual de Qualidade de Cafés de Minas Gerais, realizado nesta terça-feira (11), na Cidade Administrativa, em Belo Horizonte. O segundo maior lance do leilão, R$ 2 mil a saca, foi oferecido pelo café tipo Cereja Descascado campeão estadual pela região das Matas de Minas (Zona da Mata). O concurso e o leilão foram promovidos pela Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Emater-MG, Universidade Federal de Lavras e Instituto Federal do Sul de Minas.


Os dois lotes especiais de café foram arrematados pelo consórcio formado pelas empresas Academia do Café, Legender Specialty Coffee, Três Corações, Vila Café, e Daterra Coffee. O produto de maior cotação é procedente das lavouras de Amélia Ferracioli Delarisse, localizadas no município de Patrocínio. Já o café que obteve o segundo valor mais alto é cultivado por José Alexandre Abreu de Lacerda, no município de Espera Feliz.

Foram levados também a leilão, com lances que alcançaram R$ 1,5 mil, os demais lotes dos cafés campeões regionais (Sul de Minas, Cerrado Mineiro e Matas de Minas) das duas categorias. O café de Amélia Delarisse tem a certificação do programa Certifica Minas Café, desenvolvido pela Secretaria da Agricultura. Os cafés leiloados foram os melhores entre as 1.428 amostras que participaram do concurso em 2012.

Cafeicultura em alta

Para o secretário de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Elmiro Nascimento, os resultados do 9º Concurso de Qualidade dos Cafés de Minas Gerais refletem o estágio alcançado pela atividade no Estado. “Respondemos atualmente por 26 milhões de sacas/ano, volume equivalente a 51,8% da safra brasileira e 18% da produção mundial. E nossos cafés têm qualidade crescente, reconhecida no mundo inteiro”, ressalta.

Nos últimos anos, o crescimento da produção de café no Estado foi de 4,2% ao ano, e a manutenção desse desempenho representa a consolidação da participação de Minas na safra nacional. Além disso, o produto tem uma forte participação nas vendas externas do agronegócio Mineiro, sendo comercializado em mais de 60 países.

O secretário observa que, entre janeiro e novembro de 2012, cerca de 62% do valor exportado pelo agronegócio mineiro são provenientes do café, perfazendo um montante de US$ 3,4 bilhões e a soma de 14,3 milhões de sacas. “A receita obtida representa 59% das exportações brasileiras do produto”, acrescenta.

Segundo Nascimento, a parceria do Governo de Minas com os produtores tem sido benéfica para a atividade. O Estado tem feito a sua parte incentivando os produtores a certificarem suas propriedades por meio do programa Certifica Minas Café, que possibilita a adoção de boas práticas nas propriedades para a obtenção de produtos de qualidade e ajustados às normas ambientais. Atualmente, mais de 1.500 propriedades cafeeiras fazem parte do programa.

De acordo com o presidente da Emater-MG, Marcelo Lana, a cada edição o Concurso de Qualidade dos Cafés de Minas está se aprimorando mais e a disputa tem sido mais concorrida. “O concurso é fundamental para a cafeicultura de Minas Gerais, pois estimula a produção de cafés de qualidade e possibilita o aumento de renda do produtor. Além disso, ajuda a promover a cafeicultura mineira nos mercados nacional e internacional. Mas o mais importante é que, por meio do concurso, aliado a outras ações do governo de Minas, como o programa Certifica Minas Café coordenado pela Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, por meio do Emater-MG e do IMA, temos contribuído para a melhoria da qualidade de vida do cafeicultor e da sociedade mineira”, afirma.
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