Dentro de uma área considerada indígena pela Justiça e a Funai são criadas mais de 200 mil cabeças de gado, segundo a Associação dos Produtores.

Alguns proprietários notificados pela Justiça para deixar a terra estão transferindo a boiada para fazendas fora da área indígena, mas o problema é que a maioria dos produtores enfrenta dificuldades para alugar áreas de pastagem e transferir o gado.

Outro problema que prejudica os pecuaristas é o preço que estão oferecendo pelo gado. Em período de crise e indefinição, os compradores querem pagar um preço bem abaixo do que o mercado oferece.

Com as estradas bloqueadas, os caminhões boiadeiros não conseguem chegar e o prazo determinado pela Justiça está esgotando.

Soldados da Força Nacional, agentes da Polícia Federal e policiais rodoviários federais retomaram a ação de desocupação. O alvo são as fazendas localizadas às margens da BR-080, onde estão os maiores proprietários.

A retirada das famílias deve ser feita até o final do ano. De acordo com a decisão da Justiça Federal, os criadores que não transferirem o gado até lá terão os animais confiscados.

O secretário da Presidência da República, Nilton Tubino, que está coordenando a desocupação, afirmou que o governo vai disponibilizar caminhões para o transporte do gado.