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Quarta-feira, 17 de julho de 2024

Notícias | Agronegócio

Iapar divulga avaliação de cultivares para milho safrinha

Já está à disposição dos produtores e técnicos interessados no plantio da próxima safrinha de milho o boletim técnico “Avaliação Estadual de Cultivares de Milho”, obra dos pesquisadores Pedro Sentaro Shioga, Antonio Carlos Gerage, Pedro Mário de Araújo e Rodolfo Bianco, do Instituto Agronômico do Paraná (Iapar). A publicação pode ser baixada gratuitamente aqui, onde também é possível adquirir a versão impressa, no valor de R$ 5.


O objetivo do boletim é oferecer parâmetros para a escolha das cultivares de melhor desempenho e mais adaptadas às diferentes condições de solo e clima das regiões produtoras do Estado. “As informações poderão subsidiar diferentes segmentos da agricultura, visando manter a sustentabilidade do sistema produtivo no Paraná”, afirmam os autores.

A publicação apresenta resultados de avaliações realizadas na safrinha 2012, envolvendo 31 cultivares convencionais (11 superprecoces e 20 precoces) e 43 Bt (17 superprecoces e 26 precoces). As avaliações foram realizadas em Cambará, Campo Mourão, Floresta, Londrina, Mariluz, Palotina, Primeiro de Maio, Santa Helena e Sertanópolis.

Cultivares Bt são geneticamente modificadas; elas contêm genes da bactéria Bacillus thuringiensis e, dessa forma, as plantas passam a codificar uma proteína capaz de matar a lagarta-do-cartucho quando elas ingerem folhas dos pés de milho.

CULTURA DE RISCO – Do ponto de vista agronômico, os autores alertam que a safrinha é um plantio de risco, já que, durante o período de cultivo, a lavoura fica sujeita a eventos climáticos que podem reduzir ou até prejudicar totalmente a produção. Durante o período da avaliação, por exemplo, registrou-se baixo volume de chuvas em fevereiro, março, maio, julho e agosto e, ao contrário, precipitações elevadas em abril e junho (quando também se verificou uma forte queda de temperaturas no Paraná, com ocorrência de geada no extremo Oeste).

Para diminuir o risco de perdas em virtude das irregularidades climáticas, os pesquisadores recomendam escolher variedades mais adaptadas – ajudar nessa tarefa é o objetivo da obra –, escalonar o plantio, utilizar a população de plantas indicada para cada cultivar, praticar adubações equilibradas e acompanhar atentamente os serviços de previsão climática.

Quanto aos aspectos de sanidade da lavoura, os autores recomendam a escolha de cultivares mais resistentes a doenças e a prática do monitoramento rotineiro da lavoura, aplicando o controle químico apenas quando necessário.

O mesmo deve ser feito no caso das pragas, mesmo em cultivares Bt. Conforme os pesquisadores, a eficiência dessas plantas no controle das lagartas não deve dispensar o monitoramento das lavouras para decidir sobre a necessidade de medidas adicionais de controle.

Com 114 páginas, a publicação resulta de parceria entre o Iapar e a Fundação de Apoio à Pesquisa e ao Agronegócio (Fapeagro).
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