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Quarta-feira, 17 de julho de 2024

Notícias | Agronegócio

China cancela compra dos EUA e pressiona soja em Chicago

A terça-feira (18) foi de expressivas perdas para a soja na Bolsa de Chicago, com os principais vencimentos encerrando o dia com perdas de mais de 20 pontos. O vencimento janeiro/13, que na segunda chegou a bater nos US$ 15/bushel, terminou os negócios na casa dos US$ 14,60.


"Muito próximo dos US$ 15 o mercado será vendido", disse o analista Pedro Dejneka, da Futures International, de Chicago. O analista explica que o que falta no mercado são informações efetivamente suficientes para sustentar as altas, falta convicção. "O mercado da soja quer subir, mas ainda não consegue sustentar essas altas que levam os preços próximos dos US$ 15", completa.

Paralelamente, a notícia de cancelamento da compra de 300 mil toneladas de soja pela China dos Estados Unidos também pressionou fortemente o mercado na sessão desta terça. O USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) anunciou o cancelamento das exportações de volumes que seriam entregues na temporada 2012/13.

Além do cancelamento por parte da China, houve ainda a desistência da compra de 230 mil toneladas da oleaginosa por destinos não revelados, duas cargas também a serem entregues nesta safra.

O mercado dedica ainda uma parte de sua atenção ao andamento do clima na América do Sul. Em linhas gerais, apesar do atraso do plantio da soja na Argentina em função das chuvas excessivas, as condições climáticas são favoráveis e a previsão é de que nas próximas semanas se mantenham assim.

Segundo informações da Somar Meteorologia, as chuvas essa semana no Centro-Oeste, no sudeste e no sul do Brasil irão manter os bons níveis de umidade do solo, favorecendo um melhor desenvolvimento das plantas.

O clima está melhorando no Brasil e isso alivia as preocupações sobre o volume da oferta de soja que virá do Brasil neste ciclo. Porém, alguns analistas já sinalizam que somente a soja vinda da América do Sul não será suficiente para reabastecer os estoques de soja a níveis adequados e ainda atender a demanda - que ainda é muito forte - com tranquilidade, cenário que mantém o mercado sustentado.

Entretanto, como explicou Dejneka, o mercado, neste final de ano, diminui seu volume de negócios e adota um ritmo mais lento. Segundo o analista, há uma espera por definições na América do Sul, pelo próximo relatório de oferta e demanda que o USDA traz no dia 11 de janeiro e ainda informações sobre o ritmo que a demanda adotará daqui em diante. "Depois disso eu acredito que o mercado será capaz de definir um novo ritmo".
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