Olhar Agro & Negócios

Quinta-feira, 18 de julho de 2024

Notícias | Agronegócio

PASTAGENS

Recuperação do solo lidera financiamentos de programa do Banco do Brasil na pecuária

A recuperação dos solos nas pastagens e em outras áreas degradadas responde por mais da metade dos recursos liberados pelo Banco do Brasil (BB) para financiar a Agricultura de Baixo Carbono (Programa ABC). A linha de crédito foi criada há dois anos pelo governo federal para incentivar a adoção de práticas sustentáveis no campo. De julho a novembro deste ano o BB liberou 72% do montante de R$ 1,5 bilhão previsto até junho do próximo ano, porcentual acima dos 7,1% liberados em igual período do ano passado.


Os dados oficiais divulgados pelo Ministério da Agricultura mostram que as liberações de crédito do Programa ABC pelo BB nos primeiros cinco meses desta safra atingiram R$ 1,085 bilhão, valor 18 vezes superior aos R$ 60 milhões liberados de julho a novembro do ano passado.

O programa deslanchou no BB, mas em outras instituições financeiras continua patinando, pois do montante de R$ 1,9 bilhão de recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) programados para esta safra foram liberados apenas R$ 146,7 milhões (7,7%) de julho a novembro. O total de recursos liberados, que atingiu R$ 1,231 bilhão, corresponde a 36,2% dos R$ 3,4 bilhões destinados pelo governo ao Programa ABC.

O gerente executivo da diretoria de Agronegócios do BB, Frederico Piauilino, explica que o bom desempenho do Programa ABC na instituição se deve às campanhas feitas pelo interior para divulgar a linha de crédito, por meio de seminários promovidos por entidades de classe e participação nas principais feiras agropecuárias em todo país. Piauilino lembra que no início foi necessário investir na chamada "curva do aprendizado", pois tanto produtores rurais, como técnicos do banco e profissionais das empresas de planejamento não entendiam a filosofia do programa e nem como funcionava a linha de crédito, que exige a elaboração de projetos específicos que têm maturação de longo prazo.

Piauilino afirma que a soma das aplicações pelo Banco do Brasil em financiamentos do Programa ABC na safra passada e na atual pelo Banco do Brasil atingiu R$ 2,56 bilhões, por meio de 7.018 operações contratadas até meados de dezembro deste ano. O valor médio das aplicações é de R$ 365 mil. Na distribuição geográfica, São Paulo lidera com 26,1% dos recursos, seguido de Minas Gerais (15,4%), Paraná (12,3%), Rio Grande do Sul (10,2%) e Goiás (9,5%). A atividade mais financiada é recuperação de pastagens (29,4%), seguida da recuperação de áreas degradadas (23,7%), aquisição de animais (19,6%), florestas (16,2%) e benfeitorias (6,4%).
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