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Quinta-feira, 18 de julho de 2024

Notícias | Agronegócio

Exportação de carne bovina do Brasil sobe apesar de embargos

As exportações de carne bovina do Brasil cresceram em dezembro, apesar das barreiras comerciais impostas ao produto brasileiro por alguns países por conta de um caso "atípico" de Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB) divulgado no início do mês passado.


Os envios brasileiros atingiram 83,7 mil toneladas de carne bovina em dezembro, contra 82,7 mil registradas em novembro e 63,1 mil toneladas acumuladas em dezembro de 2011, segundo informações divulgadas pela Secretaria do Comércio Exterior (Secex) nesta quarta-feira.

Desde 7 de dezembro, quando o caso atípico de EEB --doença conhecida como mal da vaca louca-- foi anunciado pelo governo brasileiro, seis países anunciaram embargos ao produto do Brasil, disse nesta quarta-feira a secretária de Comércio Exterior, Tatiana Prazeres.

Entre os países que declararam embargo estão Japão, África do Sul, Arábia Saudita, China, Jordânia e Chile, segundo a secretária --ela não mencionou a Coreia do Sul, que segundo o Ministério da Agricultura chegou a suspender as compras.

Alguns desses países, como Chile e Arábia Saudita, são importantes importadores de carne do Brasil.

O Chile é o sexto principal mercado para o produto brasileiro (em valor exportado), enquanto a Arábia Saudita é o nono, segundo dados de exportações acumulados de janeiro a novembro de 2012, publicados pelo Ministério da Agricultura.

O caso "atípico" pode ocorrer espontaneamente em bovinos idosos, e o animal de 13 anos do caso brasileiro nunca desenvolveu a EEB, tendo dado positivo para o teste de uma proteína que é o agente causal da doença da vaca louca. O animal morto em 2010 nunca entrou na cadeia alimentar, segundo o governo brasileiro, que não vê riscos sanitários.

A Organização de Saúde Animal manteve o status de país como de risco insignificante para a doença.

Em função dos embargos, considerados injustificados pelo Brasil, o governo pode contestar na Organização Mundial do Comércio (OMC) tais barreiras, disse a secretária durante entrevista coletiva nesta quarta-feira em Brasília.
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