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VETO À MONSANTO

Mato Grosso corre risco de ver os navios de soja ‘boiando’ em mar chinês, alerta Maggi

01 Fev 2013 - 14:15

De Sinop - Alexandre Alves / Da reportagem local - Rodrigo Maciel Meloni

Foto: Ilustração

Tecnologia da Monsanto está em cheque na China, diz Maggi

Tecnologia da Monsanto está em cheque na China, diz Maggi

O alerta foi dado pelo senador Blairo Maggi (PR), nesta quinta-feira à noite, durante evento solene na sede da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato). Conforme Maggi, a China, principal mercado da soja mato-grossense, poderá deixar de comprar a oleaginosa caso a tecnologia RR da Monsanto não seja aprovada pelos próprios chineses.


“Mato Grosso corre risco de a China deixar de comprar soja do Estado por não aprovar tecnologia da Monsanto. Os chineses dizem que os produtores brasileiros devem controlar os custos da agricultura e não empresas como a Monsanto”, disse o senador.

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Blairo foi além ao ressaltar que Estado e União devem ficar alertas, para que a tecnologia da Monsanto não infeste campos, “se não corremos o risco de ver os navios de soja mato-grossense boiando no mar chinês”, comentou, fazendo alusão a um suposto veto da produção por uso das sementes da multinacional.
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O senador – que também já foi intitulado como o “Rei da Soja” – defende que seja criado um grupo de estudo para que se analise uma forma legal para se postergar a variedade de soja transgênica da Monsanto. “Até que se tenha a garantia que a China aceite essa variedade de soja”, pontuou.

O presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT), Carlos Fávaro, e o secretário de Políticas Agrícolas do Ministério da Agricultura, Neri Geller, também comungam da mesma opinião do senador mato-grossense.

A soja geneticamente modificada da Monsanto está sendo usada em larga escala no território brasileiro, principalmente por ser resistente ao Glifosato – defensivo agrícola que combate às plantas daninhas nas lavouras. Todavia, os agricultores que plantam a tecnologia RR pagavam royalties à multinacional.

Em meados de setembro de 2012, a Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato) em conjunto com 47 Sindicatos Rurais protocolizou uma Ação Coletiva solicitando a suspensão da cobrança de quaisquer valores a título de royalties e/ou indenizações pelas tecnologias Bollgard I (BT) e Roundup Ready (RR) da empresa Monsanto.

A ação foi baseada em um estudo técnico e jurídico, contratado pela Famato e Aprosoja, que confirmou que o direito de propriedade intelectual relativo às tecnologias venceu em 1º de setembro de 2010, tornando-as de ‘domínio público’.

A ação fora acatada pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso, que determinou o depósito judicial dos valores relativos ao pagamento de royalties pelas tecnologias BT, do algodão, e RR, da soja, até transitado em julgado a ação coletiva. A Monsanto recorreu ao Superior Tribunal de Justiça (STJ).
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