Em janeiro passado, pela primeira vez em seis meses, as exportações brasileiras de ovos férteis destinados à produção de pintos de corte voltaram a superar a faixa dos 10 milhões de unidades. Mas isso não altera os resultados negativos que o setor enfrenta desde 2012.

Na abertura de 2013, o volume de ovos férteis exportados somou - conforme dados da SECEX/MDIC - 10,707 milhões de unidades, volume que representou aumento de quase 15% sobre o mês anterior, dezembro de 2012. Mas em relação ao mesmo mês do ano passado prevaleceu redução próxima de 40% - menor, sem dúvida, que a de meses anteriores, mas ainda assim bastante significativa.

Em função desse desempenho, o volume acumulado nos últimos 12 meses é mais de 35% inferior aos registrados, por exemplo, nos 12 meses encerrados em janeiro de 2012 ou, mesmo, dois anos atrás, em janeiro de 2011.

Uma primeira análise acerca das perspectivas da exportação de ovos férteis em 2013 sugere demanda crescente, pois, em decorrência da crise de custos que afetou a avicultura mundialmente (isto é, não foi uma exclusividade brasileira), observou-se generalizada queda no alojamento de reprodutoras de corte.

Mas a questão, agora, é de oferta, pois também no Brasil o alojamento recuou. Assim, a exemplo do que ocorreu com o milho em 2012, pode haver uma disputa (interna x externa) na obtenção do produto disponível, que tende a ser escasso.