O total de perdas nas lavouras de soja no município de Campo Verde deve chegar a aproximadamente 5%, segundo prevê o presidente do Sindicato Rural da cidade, Fernando Guerreiro.

Guerreiro acredita que a período mais crítico para a cultura já passou, em janeiro e meados de fevereiro, quando a intensidade de chuvas – com escassez de intervalos secos - causou apodrecimento de grãos.

23% das lavouras de soja devem ter sofrido avarias por muita umidade

Além das condições climáticas, o presidente explica que a cada safra os produtores querem plantar mais cedo e uma maior área possível de variedades precoces, com intuito de melhor produtividade na segunda safra.

“Com as tecnologias desenvolvidas para plantio hoje, o produtor consegue plantar uma área muito grande em pouco tempo. E a colheita não consegue acompanhar o mesmo ritmo”, analisa Guerreiro.

Valor Bruto da Produção da soja em 2013 deve crescer 30%, avalia CNA

Para evitar atropelos na colheita, o produtor faz a dessecação de uma parte da área para conseguir colher um pouco antes, depois desfolha outra parte, enquanto o restante da área chega ao ponto de colheita naturalmente.

Esse manejo é importante para evitar o desequilíbrio na relação temporal entre plantio e colheita. Mas Guerreiro explica que, com um período de chuvas quase diárias na região, não foi possível realizá-lo, resultando em muitas áreas esperando para serem colhidas ao mesmo tempo, prejudicando os grãos.