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Quinta-feira, 18 de julho de 2024

Notícias | Agronegócio

ALERTA

Ferrugem pode atingir área de soja na região da Gleba Suiá-Missú

No fim de janeiro, o Ministério da Agricultura e Pecuária e Abastecimento (Mapa) já havia feito um alerta aos produtores da região, devido à presença da ferrugem nas lavouras situadas na gleba e ao alto índice de umidade que facilita a proliferação do fungo.

Foto: José Medeiros

na época da desintrusão agricultor já fazia o alerta

na época da desintrusão agricultor já fazia o alerta

Mais de 341 mil hectares de soja situada em torno da Terra Indígena Marãiwatsédé, localizada na comunidade Posto da Mata (30 quilômetros de Alto Boa Vista), correm alto risco de serem infectadas pela ferrugem asiática.


O alerta é da Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso (Aprosoja-MT).

Conforme a Aprosoja, a área em risco corresponde a 4,3% da área de soja plantada no Estado.

Desinstrusão de agricultores pode disseminar ferrugem asiática e febre aftosa em MT

Depois da desintrusão ordenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) – cuja determinação fora cumprida entre dezembro e janeiro - as terras tiveram de ser abandonadas pelos produtores rurais, que acabaram abandonando as plantações.

Segundo o diretor técnico da Aprosoja, Nery Ribas, parte das mais de três mil hectares de soja plantadas nas terras xavantes estão tomadas pela ferrugem. “O momento é de redobrar a atenção, os cuidados e o controle das aplicações de fungicidas nas lavouras vizinhas, pois há alto potencial de inóculo”, comentou, por me4io da assessoria da Aprosoja.

Chuvas favorecem surgimento de ferrugem asiática em Mato Grosso

Os focos da ferrugem aumentaram devido à ausência do controle e tratamento da doença, pois somente um produtor conseguiu autorização da Fundação Nacional do Índio (Funai) para fazer as devidas aplicações de fungicidas e controle do foco da doença. A não realização da colheita da soja aumentará a proliferação da ferrugem asiática, além da existência de soja guaxa no período do vazio sanitário.

“É importante que se realize o controle da ferrugem e também a colheita da soja na comunidade do Posto da Mata, pois muitos produtores vão colher soja até abril”, afirma o vice-presidente da região Leste, Gilmar Del’Osbel.

Segundo Gilmar, os produtores dos municípios vizinhos estão fazendo sua parte, tanto que há poucos casos da doença na região. O segundo vice-presidente da região, Endrigo Dalcin, evidencia a importância dos produtores continuarem as aplicações de fungicidas no intervalo de 15 em 15 dias e garantirem uma boa colheita.

Até o momento mais de 35% dos 1,2 milhão de hectares já foram colhidos na região Leste. Caso a ferrugem não interfira na produtividade da soja na região a estimativa é que se colha 3,7 milhões de toneladas de soja.

No fim de janeiro, o Ministério da Agricultura e Pecuária e Abastecimento (Mapa) já havia feito um alerta aos produtores da região, devido à presença da ferrugem nas lavouras situadas na gleba e ao alto índice de umidade que facilita a proliferação do fungo.

Na época a situação das lavouras não foi considerada alarmante, mas preocupante pela comissão do Mapa e da Aprosoja em visita às lavouras de soja. O objetivo é reduzir riscos e minimizar as perdas, pois só na safra passada os prejuízos somados pela ferrugem asiática foram de aproximadamente um R$ 1 bilhão.
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