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Quinta-feira, 18 de julho de 2024

Notícias | Agronegócio

Produção de soja tem mais um recorde de custo em Mato Grosso

O custo direto de produção da nova safra de soja 13/14, em Mato Grosso, vai ultrapassar a casa dos R$ 2,2 mil por hectare, tanto para variedade convencional como transgênica. A nova estimativa, a quinta já feita sobre o próximo ciclo, representa majoração de 20% sobre a atual safra, tida até então, como a mais cara da história local. A análise foi divulgada nessa segunda-feira (11-03) pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).


Mesmo sem ter apresentado projeções sobre a safra 13/14, perspectiva de área plantada e produção, o Imea mostra que o custo direto, aquele desembolso com os insumos (fertilizantes, defensivos e sementes), passa de uma média efetiva de R$ 1,90 mil por hectare – conforme balanço de novembro de 2012 – para R$ 2,29 mil por hectare convencional e de R$ 2,30 mil para cultivar transgênica.

Na observação anual, o custo direto que para a safra 2012/13 ficou em cerca de R$ 968,34 ha vai a R$ 1,64 mil. Os números, revisados mensalmente pelo Imea, podem não corresponder em 100% à planilha dos sojicultores já que a região de plantio e a forma de aquisição dos produtos podem tornar a operação no campo mais cara ou mais barata, assim como a época em que os insumos não negociados. De qualquer maneira, como mostram as projeções feitas em cada uma das cinco regiões mato-grossenses avaliadas pelo Imea é de que a nova safra vai bater recorde de custo, mais uma vez. Centro sul e sudeste, são as mais caras de plantar, com projeção de R$ 2,38 mil e R$ 2,66 mil por hectare, respectivamente. Na outra ponta, a região oeste deverá ter o menor custo relativo, R$ 2,13 mil.

Em um intervalo de quatro safras, o custo de produção ficou 48,70% mais caro, enquanto a área plantada aumentou em 23% - contabilizando até a atual safra, pois os números para 13/14 ainda não são conhecidos – e o dólar, dentro dos períodos apurados pelo Imea, revela incremento de 14,53%.

Como mostra a série histórica do Imea, na safra 10/11 o custo de produção médio, em setembro de 2011, foi cotado em R$ 1,54 mil/ha e o dólar, R$ 1,72. Para o ciclo 13/14, a previsão é de desembolso de R$ 2,29 mil, números apurados em fevereiro, e dólar, R$ 1,97.

DIESEL – O combustível deve se manter como o grande vilão da rentabilidade na sojicultura estadual. “O peso deste combustível no agronegócio dá-se através do uso do maquinário para todas as operações agrícolas e para o transporte da produção. O consumo médio dentro da porteira é de 50 litros/ha para cada cultura, considerando soja e milho, o que significa que entre janeiro e fevereiro aumentou R$ 2,50/ha. O custo do diesel atual de aproximadamente R$ 126/ha passa a constituir 10,5% do custo operacional e a comprometer 2,7 sacas/ha. Porém, sobre este valor podem haver aumentos consecutivos nas próximas semanas, já que os custos aumentam em uma proporção acelerada e a saca da soja apresenta um leve declínio”.
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