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Quinta-feira, 18 de julho de 2024

Notícias | Agronegócio

Mapa quer ação urgente contra ferrugem na região norte Araguaia

O Ministério da Agricultura, por meio da comissão de Defesa Vegetal Sanitária no Estado (Mapa/CDVS/MT), aguarda uma decisão breve do Ministério Público Federal (MPF) sobre a situação das lavouras de soja no entorno da Terra Indígena Marãiwatsédé, localizada na comunidade Posto da Mata (30 quilômetros de Alto Boa Vista). As lavouras que foram abandonadas estão com a ferrugem asiática instalada e se a colheita não for realizada em breve, o grão maduro começará a se desprender das vagens, cairá no chão e com as chuvas receberá condições favoráveis de germinação, o que só intensificaria o ataque da doença.


Como explica o coordenador da CDSV, Wanderlei Dias Guerra – que esteve visitando a região – há mais de dez dias foi feita a recomendação de pulverização imediata sobre as lavouras, já que o fungo da doença pode se alastrar pelo leste do Estado, região de plantio mais tardio e que ainda tem muitos hectares a serem colhidos nos próximos dias.

“O Mapa recomenda pulverização e a colheita desta soja como forma de controlar a ferrugem, no entanto, a área está sob a responsabilidade da União, por meio da Funai, e apenas elas podem delegar esta ação. Para nós, a produção que vai ser extraída não tem qualquer valor, o que queremos é evitar uma situação de descontrole da doença e que ela não apenas se alastre sobre hectares vizinhos do local - região mais próximas aos estados de Goiás e Tocantins -, mas também, evitar que a safra 2013/14 comece sob pressão do fungo”.

De acordo com a Associação dos Produtores de Soja e Milho do Estado (Aprosoja/MT), mais de 341 mil hectares de soja, ou 4,3% da área de soja do Estado estão situados em torno da Terra Indígena.
O abandono das áreas se deu logo após a finalização do plantio, em dezembro, por força de medida judicial que retirou do local todos ocupantes não índios.

A grande dificuldade para uma ação prática esbarra no MPF. Segundo o Mapa, a instância federal não quer que os desocupados, no caso os produtores, retornem à área para efetivar a colheita, trabalho que deverá ser ‘terceirizado’ a alguém alheio à questão, mas que deverá ser recompensado pela tarefa.
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