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Quinta-feira, 18 de julho de 2024

Notícias | Economia

Agronegócio impulsiona crescimento da capital de Mato Grosso

A economia de Cuiabá segue em franco desenvolvimento em seus 294 anos. Hoje, sua principal influência é o agronegócio, visto muitos buscaram a capital para compras, entretenimento, saúde, educação e até mesmo como segunda moradia e novas fontes de investimento.


Um dos termômetros do desenvolvimento da economia é a busca por recursos do Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste (FCO) Empresarial, onde em 2012 903 empresas de Cuiabá solicitaram recursos. Segundo os especialistas, Cuiabá, por ser metrópole, tende a atrair tanto investimentos quanto consumo. A tendência é crescer ainda mais, principalmente com a chegada da ferrovia.

“Mato Grosso é carente de zonas de comércio e serviços. Não há entretenimento no interior, o que atrai cada vez mais pessoas para Cuiabá, em especial nos finais de semana e feriados. Cuiabá, por ser a metrópole, é polo que atrai tanto investimentos quanto consumo, em especial no setor da construção civil, comércio e serviços”, diz o economista Vitor Galesso.

Conforme a Folha do Estado já comentou, dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que nos últimos 12 meses, até janeiro, as vendas no comércio varejista ampliado (inclui veículos e material para construção) cresceram 14,7% e a receita gerada pelas vendas 9,3%, que foram motivadas inclusive pela geração de emprego, no qual em 2012 o saldo foi de 6.384 empregos gerados, 8,7% a mais que 8,7%.

Em 2012, segundo dados da Secretaria de Indústria, Comércio, Minas e Energia de Mato Grosso (Sicme), 18,9% dos 4.773 pedidos de FCO Empresarial aprovados no Estado eram de Cuiabá, um total de 903 empresas, o que resultou R$ 149,1 milhões. Segundo a Sicme-MT, apesar de liderar em pedidos Cuiabá ficou como vice nos recursos, perdendo para Rondonópolis com R$ 236 milhões, devido as Pequenas Centrais Hidrelétricas não mais puderem ser financiadas via FCO.

De acordo com Galesso, a chegada da ferrovia a Cuiabá pode não causar impactos. “Se vier, pode trazer é caos, caso a infraestrutura do Distrito Industrial de Cuiabá não passe por adequações. Mas, se for adequada, a tendência é de mais crescimento”.

‘Interior vive à base de Cuiabá’, entidades do agronegócio afirmam

Hoje, cerca de 70% da economia de Mato Grosso está atrelada ao agronegócio e Cuiabá é a maior beneficiária pelos serviços que oferece. Segundo entidades do agronegócio, “o interior vive à base de Cuiabá”. Somente no 1º bimestre de 2013, as exportações do agronegócio na capital mato-grossense cresceram 413,1% em relação a 2012, fazendo com que a cidade subisse da 200ª colocação no ranking nacional para a 58ª em um ano, de acordo com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).

As exportações saltaram de US$ 24,07 milhões em 2012 na soma dos dois primeiros meses para US$ 123,50 milhões em 2013.

Segundo o diretor administrativo da Famato, Nelson Piccoli, é em Cuiabá que fica a maior parte da renda do campo.

“Não sabemos estimar o quanto, mas boa parte do lucro do interior é injetado na capital, pois é aqui que se busca saúde, prestação de serviço, comércio e até mesmo educação”.
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