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Por hectare

Produção brasileira de soja custa o dobro da produção argentina

16 Abr 2013 - 15:48

Especial para o Agro Olhar – Thalita Araújo

Foto: Reprodução

Produção brasileira de soja custa o dobro da produção argentina
A produção de soja no Brasil tem uma desvantagem significativa em relação à produção da vizinha Argentina: custa o dobro por hectare. Enquanto los hermanos gastam, em média, R$ 478 para cada hectare, os brasileiros têm um custo de R$ 1 mil.


As informações são do consultor da Associação Argentina de Consórcios Regionais de Experimentos Agrícolas (AACREA), Sebastián Gavaldá, que está viajando com equipe da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja) durante o 8º Circuito Aprosoja.

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“Temos muitos aspectos parecidos com o Brasil, mas uma vantagem sobre vocês é que a produção não precisa ‘viajar’ mais de 400 quilômetros para chegar a um porto”, disse Gavaldá. Mesmo assim, 84% do escoamento da safra são feitos por caminhões, 15% por ferrovias seculares e 1% por hidrovias naquele país.

De acordo com assessoria da Aprosoja, a Argentina, assim como Mato Grosso, cresceu exponencialmente na produção de soja nos últimos anos. Em 1993, eram produzidas quatro milhões de toneladas no país. Na última safra, foram 56 milhões de toneladas.

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Muito dessa evolução deve-se à entrada da tecnologia transgênica no país, que atualmente é de 100% em área de soja e algodão, e o milho chega a quase este total.

Segundo o consultor argentino, em seu país 12% das terras são utilizadas para cultivos anuais, como soja e milho, e a maior parte, 39%, é de área preservada. Gavaldá explicou que a Argentina também tem um solo fértil e com baixa incidência de doenças e pragas nas lavouras.

Na Argentina, algumas vantagens competitivas são a alta tecnologia empregada, a grande demanda interna, com o uso de biodiesel, e também uma Câmara de Arbitragem, que é um órgão que tem a função de mediar acordos entre produtores rurais e tradings.

Como desvantagens, o consultor argentino explicou que há altos impostos, a infraestrutura não é boa, especialmente em rodovias, e uma inflação de 25%. Além disso, o produtor de soja recebe 35% a menos na venda da sua produção a título de impostos de exportação.

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