Olhar Agro & Negócios

Quinta-feira, 18 de julho de 2024

Notícias | Agronegócio

Desempenho do frango vivo na segunda semana de maio

O que significa dizer que embora a cotação referencial tenha permanecido inalterada em R$1,80/kg no interior de São Paulo (R$1,90/kg em Minas Gerais), parte dos negócios continuou sendo realizada por valores inferiores.


Isto vem sendo aplicado, especialmente, às aves que, por atraso na retirada, se encontram com peso superior ao padrão. À primeira vista são elas as geradoras de excedentes que precisam ser rapidamente controlados, daí a comercialização a preços menores que os de referência.

Mas não é só a retirada tardia que determina peso além do normal e, com isso, volume de carne muito maior que o esperado. A estação do ano (outono) também vem atuando no aumento da produtividade e proporcionando rendimento muito maior que o normal – o que não ocorria no verão quando, ao contrário, os ganhos de peso ficavam aquém do padrão.

Por sinal, só isso pode explicar a letargia do mercado, visto que a disponibilidade atual é, em número de cabeças produzidas, ligeiramente menor que a do mês passado. Deduz-se isso a partir dos números da produção de pintos de corte levantados pela APINCO. Pois o volume de março passado (últimos frangos que chegam ao mercado neste instante), embora numericamente maior que a de fevereiro, foi proporcionalmente menor se considerado o número de dias de um e outro mês.

Claro, o consumo também se encontra retraído – condição que pode ter sido agravada a partir do momento em que o repasse de custos chegou ao produto final, fazendo com que o consumidor chegasse a pagar pelo produto valor mais de 40% superior ao registrado um ano antes.

Naturalmente, os preços ao consumidor também vêm recuando. Mas não tanto quanto o necessário ou possível. Pois enquanto o frango vivo e abatido apresentam, no momento, respectivamente, acréscimo de 5,88% e 2,40%, ao nível do consumidor ele continua 21% mais caro que um ano atrás (dados do Procon-SP para a última quinta-feira, 9 de maio). E isso, em tempos de inflação crescente, é mais um empecilho para o consumo do frango.
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