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Quinta-feira, 18 de julho de 2024

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Especialista australiano no controle da lagarta Helicoverpa spp. estará no 9º Congresso Brasileiro do Algodão

Na Austrália, o Plano de Manejo de Resistência de Helicoverpa spp. orientou o controle da praga do algodoeiro

Foto: Reprodução / Ilustração

Especialista australiano no controle da lagarta Helicoverpa spp. estará no 9º Congresso Brasileiro do Algodão

Especialista australiano no controle da lagarta Helicoverpa spp. estará no 9º Congresso Brasileiro do Algodão

A lagarta Helicoverpa ssp. tem causado muitos prejuízos à produção de algodão no Brasil na safra 2012/13, em especial aos cotonicultores da Bahia, onde calcula-se que as perdas podem chegar a R$ 1,5 bilhão. A fim de conhecer mais sobre essa praga e seu manejo, o 9º Congresso Brasileiro do Algodão, que será realizado entre os dias 3 e 6 de setembro, em Brasília, trará o pesquisador entomologista David Murray, do Farming Systems Institute, da Austrália, para apresentar o trabalho de controle de pragas do algodoeiro naquele país e, especialmente, de combate às lagartas do gênero Helicoverpa.


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Em entrevista via email, Murray lembrou que raramente utiliza-se inseticida para o combate às lagartas do gênero Helicoverpa (Helicoverpa armigera e Helicoverpa punctigera) na Austrália. O controle da praga no maior país da Oceania - que é um dos quatro maiores exportadores de fibra do mundo - é realizado através do uso de variedades do algodão geneticamente modificado Bollgard II®. O produto, da segunda geração de variedades GM resistentes a insetos, foi aprovado em 2009 no Brasil, pela Comissão Técnica Nacional de Biossegurança.

Segundo Murray, quase todo o cultivo de algodão ocorre dessa forma na Austrália. "Para que a eficiência da tecnologia pudesse ser preservada até hoje, um Plano de Manejo de Resistência de Helicoverpa spp. à Bollgard II foi elaborado e é seguido à risca pelos produtores desde o início do cultivo da tecnologia", explica.

O plano de manejo, acrescenta Murray, sofre alterações em todas as safras. Há quatro operações distintas: uso de refúgio - mandatório e realizado pelos produtores em configurações estabelecidas pela pesquisa; semeadura dentro de uma janela definida de cultivo também estabelecida pela pesquisa; destruição das pupas da praga no solo ao final da safra (refúgios e cultivos); e monitoramento da resistência de populações da praga às toxinas de Bt (Bacillus thuringiensis) de Bollgard II a cada safra.

Na prática australiana, os inseticidas só são utilizados caso existam pragas sugadoras. Mas as aplicações não podem passar de três. Desta forma, algumas safras chegam a ficar sem aplicação de químicos. O plano de manejo australiano será um dos destaques na discussão sobre o controle da Helicoverpa spp. durante o 9º CBA.

David Murray é um entomologista que atua junto ao governo de Queensland, na Austrália, há mais de 38 anos. Ele passou os últimos 30 anos trabalhando em estreita colaboração com o setor do algodão australiano em Emerald e Toowoomba. Seu trabalho tem sido voltado às questões de manejo integrado de pragas, com grande foco em Helicoverpa spp.
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