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Quinta-feira, 18 de julho de 2024

Notícias | Política

Kepler Weber: setor agropecuário não deve ter projetos para demandar crédito do governo

O diretor vice-presidente da empresa de silos e armazenamentos de grãos Kepler Weber, Olivier Colas, afirmou nesta quinta, dia 15, que não espera que o setor agropecuário tenha projetos para demandar os R$ 5 bilhões em crédito no primeiro ano do Plano Nacional de Armazenagem.


– Não tem projeto de produtores rurais e tradings para absorver esse dinheiro – afirmou. Colas, no entanto, reforçou a importância do plano de governo, especialmente pela manutenção da taxa de juros de 3,5%.

A preocupação, a partir de agora, é sobre qual será a taxa em 2014.

– Nós vimos que a taxa de juros é combustível importante para o setor. A taxa vai até dezembro. Como vai ser depois de dezembro, me recuso a qualquer prognóstico. A pressão da rua pode estar desviando a agenda para mobilidade, mas continuo apostando em taxas interessantes. O governo não pode tirar um benefício para um setor que está muito carente – afirmou.

A expectativa do executivo é de que o setor siga crescendo a taxas mais altas do que o setor agrícola.

– Quando olhamos a taxa de crescimento da produção agrícola correlação de 2,5 para 1. A produção agrícola cresce 1 e a taxa de armazenagem 2,5% – enfatizou.

O grande destaque do Plano Safra, anunciado no início de junho, foram os R$ 25 bilhões destinados à logística e à construção de novos armazéns privados no país nos próximos cinco anos. Do total de recursos destinados ao setor de armazenagem, R$ 5 bilhões serão liberados na temporada 2013/2014. O prazo para pagamento será de até 15 anos. O governo ainda investirá R$ 500 milhões para modernizar e dobrar a capacidade de armazenagem da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

Negócios da empresa

Quanto ao desempenho da Kepler Weber, Colas afirmou esperar sustentação no segundo semestre, destacando que a carteira de pedidos da companhia é 80% superior a do ano passado. Após reportar lucro líquido de R$ 8,7 milhões no segundo trimestre, o que corresponde a um crescimento de 1.450,6% em comparação com igual período do ano passado (R$ 0,6 milhão), a Kepler espera uma diminuição da sazonalidade do negócio.

– Acho que a sazonalidade vai permanecer, com segundo semestre mais forte, talvez 60% a 40%. Acho que a novidade é que o primeiro semestre não é mais um período morto para a companhia. Ele atribui a mudança ao crescimento da safrinha "tão forte quanto a safra".

Colas reforçou que a capacidade instalada da companhia hoje é de 100 mil toneladas por ano e, atualmente, a companhia opera em 58 mil toneladas/ano, em média, um turno e meio de trabalho.

– Em termos de capacidade instalada não tempos problema para atender. A demanda está crescendo e a Kepler vem investindo para reduzir gargalos. Até agora os investimentos nos permitiram aumentar o volume produzido sem aumentar significativamente a capacidade instalada – destacou.

A preocupação da companhia, no entanto, está em reduzir a dependência de mão de obra.

– Nossos planos de investimento estão direcionados para capacidade e para baixar a dependência de mão de obra. Nosso gargalo pode ser buscar pessoas para operar máquinas.

Ele ressaltou que a companhia trabalha para aumentar a capacidade utilizando menos mão de obra.

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