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Quarta-feira, 17 de julho de 2024

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Abrapa e Ampa orientam produtores a não subestimarem helicoverpa; prejuízos chegam a R$ 10,7 bi

Foto: Reprodução

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Os prejuízos financeiros causados pela lagarta helicoverpa nas lavouras de algodão, soja, entre outras, já chegaram a R$ 10,7 bilhões aos produtores de todo o Brasil. O valor atualizado foi calculado pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) e o tema será debatido em profundidade nesta semana durante o 9°Congresso Brasileiro do Algodão (CBA), que ocorre em Brasília entre os dias três e seis de setembro. 


“Registramos prejuízo no algodão, soja e milho. O levantamento preliminar feito pelas afiliadas chega 10,7 bilhões de reais e decorre da atuação desta praga nos estados da Bahia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, e Minas Gerais”, afirmou o presidente da Abrapa, Gilson Pinesso.

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Segundo o coordenador do congresso e presidente da Associação Mato Grossense dos Produtores de Algodão (Ampa), Milton Garbugio, os dias quatro e cinco serão destinados à discussão do panorama do algodão, monitoramento de pragas em todos os estados. Garbugio lembra que os impactos da helicoverpa têm sido observados atentamente.

“Não tivemos tantos prejuízos quando na Bahia, mas estamos atentos e pedimos agilidade da Anvisa na liberação do uso de defensivos”, revela.

No entanto, o presidente da Abrapa alerta a Ampa no sentido de intensificar ações para evitar o avanço da lagarta nas lavouras de Mato Grosso, que respondem por 52% da produção nacional.

“2013 foi o ano da helicoverpa. Quando começou na Bahia ninguém se preocupou, pensavam que fosse uma praga qualquer, mas não foi. Por isso os produtores de Mato Grosso não podem subestimar a lagarta”, alertou.

De acordo com o deputado federal Oziel Oliveira (PDT-BA), os prejuízos na Bahia alcançam mais de R$ 1,5 bi e atingem a economia de diversos municípios produtores.

“O problema não é só financeiro, mas também é social. A lagarta tem causado desemprego em vários setores do comércio local. É um problema econômico com consequências sociais, principalmente nos municípios de Barreiras e Luis Eduardo Magalhães, no oeste baiano, que representa mais de 40% da produção do nordeste em algodão e soja”, acrescenta.
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