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Segunda-feira, 22 de julho de 2024

Notícias | Cotação

Dólar e juros caem após Fed descrever cenário global fraco

A ata da última reunião do Federal Reserve Fed, o Banco Central dos EUA) trouxe ontem um cenário de preocupação em relação à economia global que levou os investidores a reavaliarem as apostas sobre o momento em que o Banco Central dos Estados Unidos iniciará o esperado aperto monetário.


Assim, as bolsas norte-americanas aceleraram a alta, o dólar passou a cair ante a maioria das demais moedas e os yields dos Treasuries perderam força. O Dow Jones terminou a sessão com ganho de 1,64%, aos 16.994,22 pontos, o S&P 500 subiu 1,75%, para 1.968,89 pontos, e o Nasdaq avançou 1,90%, em 4.468,59 pontos. Assim, o documento se sobrepôs às especulações eleitorais domésticas, fazendo a divisa dos EUA ante o real e os juros longos inverterem a direção e terminarem em queda, ao passo que a Bolsa desacelerou as perdas.

O texto da ata do Fed afirma que a maior parte dos dirigentes da instituição vê riscos à economia e muitos enxergam significativas deficiências no mercado de trabalho. Além disso, os participantes da reunião se disseram preocupados com a possibilidade de um crescimento decepcionante na Europa, na China e no Japão prejudicar as exportações norte-americanas. Ao mesmo tempo, a alta do dólar poderá manter a inflação nos Estados Unidos abaixo da meta estabelecida pelo Fed, de 2% ao ano, por reduzir o custo de bens e serviços importados.

Por aqui, os ativos exibiram volatilidade até a divulgação da ata, com especulações sobre a disputa eleitoral e a expectativa pelas próximas pesquisas de intenção de voto, já que Ibope e Datafolha devem divulgar seus levantamentos hoje.

Com isso, o dólar abriu em queda diante do real, virou para o terreno positivo no fim da manhã e, após o Fed, firmou-se em baixa, até terminar com desvalorização de 1,04% no mercado à vista de balcão, cotado a R$ 2,3810. Foi a quarta sessão consecutiva de queda da moeda americana, somando recuo de 4,30% no período.

O mesmo comportamento foi verificado nos juros futuros. As taxas mais curtas, no entanto, continuaram em alta diante do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 0,57% em setembro, um resultado acima do teto das projeções que levou a taxa em 12 meses para 6,75%. Os juros longos, por sua vez, se alinharam ao comportamento dos yields dos Treasuries e do dólar e recuaram. Enquanto a taxa do DI para janeiro de 2016 ficou em 11,83%, de 11,78% no ajuste anterior. O juro para janeiro de 2021 fechou a 11,38%, de 11,45% na véspera.

A Bovespa, que chegou a cair mais de 2% no pior momento do dia, em meio a um processo de realização de lucros desencadeado pelas especulações eleitorais, terminou o dia com baixa de 0,66%, aos 57.058,48 pontos.
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